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14/01/2003 - 03h00

Latas são furtadas de pontos de reciclagem em SP

da Folha de S.Paulo

Uma das grandes preocupações da equipe envolvida com o projeto de reciclagem da rede de supermercados Pão de Açúcar tem sido a segurança dos locais de entrega do lixo reaproveitável. Atraídos pelo valor de mercado do alumínio, ladrões começaram a furtar latinhas que eram deixadas pela população nos postos de entrega dos supermercados da rede.

Não há uma estimativa do número de furtos e nem da quantidade levada pelos ladrões, mas as ocorrências já foram suficientes para a contratação de "fiscais do lixo", funcionários que tomam conta do material até a chegada do caminhão que vai levá-lo.

"Antes, deixávamos as gaiolas [recipientes onde ficam armazenadas as latinhas] sem proteção nenhuma. Depois do sumiço de muitas latinhas, tivemos que melhorar a segurança", afirma Sônia Manastan, 40, gerente de marketing institucional do grupo.

Criado em abril de 2001, o projeto de reciclagem do Pão de Açúcar é hoje uma das principais alternativas para a entrega de embalagens em São Paulo, especialmente para os moradores da zonas sul e oeste da capital, onde se concentra a maioria das lojas da rede.

Nesses quase dois anos, as estações de reciclagem receberam 1.800 toneladas de material -papel (54%), vidro (21,3%), plástico (20%) e metais (5,2%)-, de acordo com Manastan. Ela afirma que, até junho, todos os 65 supermercados da rede na capital paulista deverão ter pontos de entrega de embalagens recicláveis.

Atualmente, o projeto está implantado em quase metade das lojas e emprega cem pessoas. Parte do material recolhido vai para cooperativas de catadores. Outra parte é vendida, e o dinheiro, investido no próprio programa.

A meta para 2003 é que cada loja recolha mensalmente, no mínimo, dez toneladas de lixo reciclável. Para isso, além da distribuição de material de divulgação sobre o projeto, o grupo pretende realizar promoções com brindes de plástico e vidro, em parceria com as indústrias que trabalham com esse tipo de material, para atrair a atenção do consumidor.

Um dos termômetros para medir o engajamento dos moradores em projetos de reciclagem de lixo é o aumento das vendas de lixeiras residenciais destinadas à coleta seletiva em São Paulo.

Na loja Só Lixeiras, a procura por lixeiras coloridas para papel, plástico, metal, vidro, alumínio e lixo orgânico aumentou 90%, segundo estimativa do diretor Tarlei Vatanabe. Existem modelos para todos os gostos e bolsos: de R$ 8 a cerca de R$ 200.
 

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