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19/12/2009 - 09h47

Prefeitura de SP diz ter solução definitiva para o Jd. Pantanal

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da Folha de S.Paulo

A gestão Gilberto Kassab (DEM) espera remover até o final de fevereiro todas as famílias que hoje moram irregularmente em áreas alagáveis do Jardim Pantanal, na zona leste da capital. Desde o último dia 8, a região vem sendo castigada pelas fortes chuvas e tem ruas inteiras transformadas em rios contaminados de esgoto.

O espaço hoje ocupado pelas construções dará origem ao Parque Linear Várzea do Tietê, cuja implantação foi anunciada em maio e agora está sendo acelerada como forma de amenizar as enchentes na região.

Segundo a superintendente de Habitação Popular da Sehab (Secretaria de Habitação), Elizabete França, serão oferecidas algumas opções habitacionais para que os moradores deixem o local e encontrem uma moradia definitiva onde não haja risco de inundação.

Como alternativa imediata, a partir de segunda-feira começará a ser pago um auxílio aluguel no valor de R$ 300 a famílias já cadastradas. De acordo com a administração, o benefício será concedido pelo tempo necessário para a família encontrar onde morar.

Segundo Carlos Fortner, da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, os técnicos da prefeitura concluíram não existir qualquer forma de melhorar as condições de vida das populações que hoje se encontram nessas áreas, a não ser com a remoção. "Trata-se de uma região em que, se chover intensamente, inunda. A água fica acumulada em um nível mais baixo do que do próprio Tietê, encharca o solo e não há nada que se possa fazer."

Entre as opções definitivas, a prefeitura deve oferecer moradias em terrenos da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação) em Guaianazes, Itaim Paulista e Cidade Tiradentes, todos na zona leste. Já a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) ofereceu cem apartamentos que serão ocupados por famílias em situação de emergência.

Outra alternativa é a compra de imóveis pelo Fundo de Habitação Social, que, segundo a superintendente da Sehab, é uma solução mais rápida do que o fornecimento de uma carta de crédito.

A prefeitura estuda ainda levar famílias para imóveis desocupados da área central, onde há infraestrutura e oferta de emprego. Há também a proposta de alterar o zoneamento de áreas próximas ao Jardim Pantanal, mas fora da região que dará lugar ao parque, para que sejam adensadas, incorporando moradores que antes viviam em locais de risco.

Segundo a prefeitura, ninguém que teve a casa afetada pelas cheias ficou sem opção de onde ir. "Foi oferecido atendimento. Se a pessoa não saiu, foi porque não quis", disse o subprefeito de São Miguel Paulista (zona leste), Milton Persoli.

De acordo com ele, quatro abrigos foram disponibilizados para atender às vítimas da enchente, mas houve quem preferisse se manter na casa alagada, com medo de abandonar os pertences e ser saqueado. Outros ainda optaram por ficar na residência de parentes.

Houve também quem tivesse receio de deixar a casa e depois ficar sem ter onde morar. Por conta disso, ontem pela manhã o prefeito Gilberto Kassab (DEM) afirmou que serão dados documentos como garantia do auxílio da prefeitura.

"Imagine uma família à qual restou como último recurso morar em um lugar desse. É uma família muito insegura. O trabalho das assistentes sociais é mostrar que o recurso do aluguel é definitivo, que continuará existindo até ficar pronta a nova moradia", disse.

 

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