Publicidade
Publicidade
20/01/2003
-
04h54
O professor Antonio Horácio Miguel, que coordenava o grupo de pesquisadores brasileiros que recebeu financiamento da indústria do cigarro na década passada, disse que as "insinuações" de que o trabalho era fraudulento não passam de "achismo".
A informação de que cientistas brasileiros faziam trabalhos para ajudar a indústria do tabaco a evitar o banimento do fumo em espaços fechados, revelada ontem pela Folha, foi denunciada por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Stanton Glantz e Joaquin Barnoya) e pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). A informação consta de documentos da própria indústria.
James Repace, especialista em fumo passivo e professor da escola de medicina da Tufts University, disse à Folha que se o trabalho foi financiado pela indústria, "está garantido que é uma fraude". Para ele, os níveis de nicotina que o grupo de Miguel encontrou em restaurantes do Rio e São Paulo são baixos demais.
Para Miguel, ex-professor do Instituto de Química da USP e diretor de um laboratório da Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles), Repace só avaliou uma entre 22 espécies químicas estudadas.
A pesquisa do grupo brasileiro, publicada em 1995 na revista científica "Enviromental Science & Technology", não foi avaliada por advogados do escritório Covington & Burling, que trabalhava para a indústria do cigarro, argumenta Miguel. Eles receberam cópia do texto porque representavam o financiador do trabalho, o Ciar (Centro para a Pesquisa do Ar em Ambientes Interiores).
Antes de o trabalho ser publicado, diz Miguel, ele foi analisado por grupos de pesquisa ambiental da Stanford University e do Lawrence Berkeley Laboratory. Ele não cita nomes, porém.
"Desafio os acusadores a comprovarem que os resultados dos nossos trabalhos foram alterados para barrar a restrição ao fumo."
Professor vê "achismo" em análise de pesquisa sobre fumo
da Folha de S.PauloO professor Antonio Horácio Miguel, que coordenava o grupo de pesquisadores brasileiros que recebeu financiamento da indústria do cigarro na década passada, disse que as "insinuações" de que o trabalho era fraudulento não passam de "achismo".
A informação de que cientistas brasileiros faziam trabalhos para ajudar a indústria do tabaco a evitar o banimento do fumo em espaços fechados, revelada ontem pela Folha, foi denunciada por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Stanton Glantz e Joaquin Barnoya) e pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). A informação consta de documentos da própria indústria.
James Repace, especialista em fumo passivo e professor da escola de medicina da Tufts University, disse à Folha que se o trabalho foi financiado pela indústria, "está garantido que é uma fraude". Para ele, os níveis de nicotina que o grupo de Miguel encontrou em restaurantes do Rio e São Paulo são baixos demais.
Para Miguel, ex-professor do Instituto de Química da USP e diretor de um laboratório da Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles), Repace só avaliou uma entre 22 espécies químicas estudadas.
A pesquisa do grupo brasileiro, publicada em 1995 na revista científica "Enviromental Science & Technology", não foi avaliada por advogados do escritório Covington & Burling, que trabalhava para a indústria do cigarro, argumenta Miguel. Eles receberam cópia do texto porque representavam o financiador do trabalho, o Ciar (Centro para a Pesquisa do Ar em Ambientes Interiores).
Antes de o trabalho ser publicado, diz Miguel, ele foi analisado por grupos de pesquisa ambiental da Stanford University e do Lawrence Berkeley Laboratory. Ele não cita nomes, porém.
"Desafio os acusadores a comprovarem que os resultados dos nossos trabalhos foram alterados para barrar a restrição ao fumo."
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice