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06/08/2000
-
11h18
ALENCAR IZIDORO, da Folha de S.Paulo
Palco da nona chacina do ano, o imóvel da rua das Hortênsias, 552, em Francisco Morato (Grande São Paulo), abriga hoje uma única placa: vende-se.
Antes de 1º de fevereiro, dezenas de anúncios promocionais ocupavam as portas e paredes do "Bar do Souza".
Naquele dia, seis homens foram assassinados a tiros no momento em que Ronilton Oliveira de Souza, 38, dono do estabelecimento, preparava-se para fechar as portas.
Não sobrou ninguém para contar história. Além de Souza, foram baleados Luís Gonzaga da Silva, 31, Aluízio da Silva Lima, 33, Averaldo da Silva Miranda, 35, Geraldo Paulo Araújo, 43, e Roberto Santana de Assis, 28. Nenhum deles tinha antecedentes criminais. Todos tinham emprego fixo.
No imóvel ao lado, a costureira Maria de Fátima Santos, 39, se dizia assustada, duas semanas atrás, ao ser chamada pela reportagem. Trancada dentro de casa, falando atrás das grades de ferro que protegem a porta, ela se justificava: "Morro de medo, não tenho nem as chaves do cadeado". É uma forma de o namorado deixá-la protegida enquanto sai para trabalhar.
Maria de Fátima ressalta o motivo de tanta precaução: "Aqui em Francisco Morato as pessoas não precisam de muito motivo para matar. É jogo de futebol, baralho, sinuca, qualquer discussão pode acabar em crime. E por causa de um morre um monte".
Dalva Rita da Silva Miranda, 57, mãe de Averaldo, o "Alemão", também permanece na casa em que sempre viveu com o filho, a menos de um quilômetro do "Bar do Souza".
Sua tarefa, agora, é cuidar das três crianças que Averaldo deixou, entre 4 e 12 anos. A mãe delas havia morrido meses antes da chacina, após complicações no parto.
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Morador vive sob medo em Francisco Morato
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Palco da nona chacina do ano, o imóvel da rua das Hortênsias, 552, em Francisco Morato (Grande São Paulo), abriga hoje uma única placa: vende-se.
Antes de 1º de fevereiro, dezenas de anúncios promocionais ocupavam as portas e paredes do "Bar do Souza".
Naquele dia, seis homens foram assassinados a tiros no momento em que Ronilton Oliveira de Souza, 38, dono do estabelecimento, preparava-se para fechar as portas.
Não sobrou ninguém para contar história. Além de Souza, foram baleados Luís Gonzaga da Silva, 31, Aluízio da Silva Lima, 33, Averaldo da Silva Miranda, 35, Geraldo Paulo Araújo, 43, e Roberto Santana de Assis, 28. Nenhum deles tinha antecedentes criminais. Todos tinham emprego fixo.
No imóvel ao lado, a costureira Maria de Fátima Santos, 39, se dizia assustada, duas semanas atrás, ao ser chamada pela reportagem. Trancada dentro de casa, falando atrás das grades de ferro que protegem a porta, ela se justificava: "Morro de medo, não tenho nem as chaves do cadeado". É uma forma de o namorado deixá-la protegida enquanto sai para trabalhar.
Maria de Fátima ressalta o motivo de tanta precaução: "Aqui em Francisco Morato as pessoas não precisam de muito motivo para matar. É jogo de futebol, baralho, sinuca, qualquer discussão pode acabar em crime. E por causa de um morre um monte".
Dalva Rita da Silva Miranda, 57, mãe de Averaldo, o "Alemão", também permanece na casa em que sempre viveu com o filho, a menos de um quilômetro do "Bar do Souza".
Sua tarefa, agora, é cuidar das três crianças que Averaldo deixou, entre 4 e 12 anos. A mãe delas havia morrido meses antes da chacina, após complicações no parto.
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