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21/01/2003
-
21h58
da Folha Online
Quatro internos da unidade da Febem em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foram transferidos hoje para o presídio de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo). Eles têm mais de 18 anos e foram autuados pela polícia por incitar rebeliões, de acordo com a fundação.
Foram transferidos Fábio Paulino, 19, conhecido como Batoré, Weberson de Paula Lima, 18 -irmão do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho- e outros dois rapazes.
Batoré responde por assassinatos e fugiu sete vezes da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor). Da última vez, em 2000, foi resgatado. O incidente provocou a saída do então presidente da fundação, Benedito Duarte.
Os quatro foram levados para a delegacia de Franco da Rocha, onde foram autuados, e, depois, seguiram para o interior do Estado.
Rebelião e fim do complexo
Internos da unidade 30 da Febem em Franco da Rocha iniciaram nova rebelião na noite desta terça-feira. Quatro monitores foram dominados. Rebeliões na unidade são frequentes desde o final do ano passado.
É o sexto registro de motim na unidade desde que Paulo Sérgio de Oliveira e Costa assumiu a presidência da Febem, no dia 9.
Segundo a Febem, os internos pediram hoje a presença do diretor da unidade, Wanderlei Vieira de Souza, e não demonstraram comportamento agressivo contra os monitores.
O complexo de Franco da Rocha é alvo de denúncias de maus-tratos feitas por promotores da Infância e Juventude e integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O governo do Estado anunciou nesta terça-feira que a unidade de Franco da Rocha será desativada "o mais depressa possível" e não será reformada.
A decisão foi tomada em reunião do governador Geraldo Alckmin com o secretário estadual da Educação, Gabriel Chalita, e o presidente da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.
A Justiça determinou, em dezembro de 2002, o fechamento da unidade 30, em Franco da Rocha. A fundação recorreu.
Na ocasião, a Febem afirmou que as denúncias foram apuradas e os responsáveis punidos. A fundação havia afastado dois diretores de unidade de Franco da Rocha e demitido nove funcionários por justa causa.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) preparou um relatório a partir das denúncias de tortura e encaminhou o documento, no dia 4 de dezembro, aos presidentes do Tribunal de Justiça do Estado e Procuradoria Geral de Justiça, Ministério Público, juizes do Departamento de Execuções da Infância e Juventude, ONU, OEA e Anistia Internacional, pedindo o fechamento das unidades 30 e 31 da Febem.
Leia mais:
Termina rebelião na unidade Franco da Rocha (SP) da Febem
Internos promovem nova rebelião na Febem Franco da Rocha (SP)
Batoré é transferido da Febem para presídio no interior de SP
LÍVIA MARRAda Folha Online
Quatro internos da unidade da Febem em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foram transferidos hoje para o presídio de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo). Eles têm mais de 18 anos e foram autuados pela polícia por incitar rebeliões, de acordo com a fundação.
Foram transferidos Fábio Paulino, 19, conhecido como Batoré, Weberson de Paula Lima, 18 -irmão do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho- e outros dois rapazes.
Batoré responde por assassinatos e fugiu sete vezes da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor). Da última vez, em 2000, foi resgatado. O incidente provocou a saída do então presidente da fundação, Benedito Duarte.
Os quatro foram levados para a delegacia de Franco da Rocha, onde foram autuados, e, depois, seguiram para o interior do Estado.
Rebelião e fim do complexo
Internos da unidade 30 da Febem em Franco da Rocha iniciaram nova rebelião na noite desta terça-feira. Quatro monitores foram dominados. Rebeliões na unidade são frequentes desde o final do ano passado.
É o sexto registro de motim na unidade desde que Paulo Sérgio de Oliveira e Costa assumiu a presidência da Febem, no dia 9.
Segundo a Febem, os internos pediram hoje a presença do diretor da unidade, Wanderlei Vieira de Souza, e não demonstraram comportamento agressivo contra os monitores.
O complexo de Franco da Rocha é alvo de denúncias de maus-tratos feitas por promotores da Infância e Juventude e integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O governo do Estado anunciou nesta terça-feira que a unidade de Franco da Rocha será desativada "o mais depressa possível" e não será reformada.
A decisão foi tomada em reunião do governador Geraldo Alckmin com o secretário estadual da Educação, Gabriel Chalita, e o presidente da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.
A Justiça determinou, em dezembro de 2002, o fechamento da unidade 30, em Franco da Rocha. A fundação recorreu.
Na ocasião, a Febem afirmou que as denúncias foram apuradas e os responsáveis punidos. A fundação havia afastado dois diretores de unidade de Franco da Rocha e demitido nove funcionários por justa causa.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) preparou um relatório a partir das denúncias de tortura e encaminhou o documento, no dia 4 de dezembro, aos presidentes do Tribunal de Justiça do Estado e Procuradoria Geral de Justiça, Ministério Público, juizes do Departamento de Execuções da Infância e Juventude, ONU, OEA e Anistia Internacional, pedindo o fechamento das unidades 30 e 31 da Febem.
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