Réveillon em Copacabana deve reunir 2 milhões; prefeitura prepara operação especial

O Réveillon em Copacabana, na zona sul do Rio, deve reunir aproximadamente 2 milhões de pessoas, segundo estimativa da Riotur. O evento terá um esquema com 1.275 homens da prefeitura e 361 bombeiros, que trabalharão na organização do trânsito, no combate ao comércio irregular durante a festa e em ações de salvamento.

Serão 34 bloqueios nos acessos ao bairro, para evitar a entrada de carros não autorizados, e outras 32 barreiras para coibir a chegada de vendedores ambulantes.

Esse efetivo da prefeitura contabiliza apenas homens da GM (Guarda Municipal) e Seop (Secretaria de Ordem Pública). A Polícia Militar ainda não divulgou seu efetivo, mas terá 30 torres de observação ao longo da orla de Copacabana.

A festa terá quatro palcos, com shows de artistas como Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Arlindo Cruz, Ed Motta e Blitz, entre outros.

Trânsito

Uma pista da avenida Atlântica ficará fechada a partir das 7h do dia 31. Mais tarde, a partir das 15h, todas as pistas da principal avenida do bairro serão interditadas, assim como a da avenida Princesa Isabel. O trânsito em Copacabana será totalmente bloqueado às 18h.

Após o bloqueio do acesso ao bairro, apenas ônibus, táxis e veículos cadastrados terão acesso à Copacabana. Nem mesmo moradores poderão entrar após o fechamento.

Bebidas

O subsecretário de Fiscalização da Seop, Luis Medeiros, disse que as pessoas que forem acompanhar a queima de fogos poderão levar bebidas para consumo próprio, desde que não sejam bebidas em garrafa. Em relação ao tradicional champanhe usado no Ano Novo, Medeiros explicou que será tolerada uma garrafa por pessoa.

"Vamos coibir o uso de churrasqueiras na areia, assim como os isopores de ambulantes com carrinhos de rolimã e barracas que vendam ilegalmente qualquer tipo de alimento", afirmou Medeiros.

Bombeiros

Cada posto de salva-vidas da praia de Copacabana será transformado em um mini quartel da corporação, com homens de todas as especialidades, prontos para entrar em ação a qualquer momento, disse o superintendente operacional da Defesa Civil estadual, coronel Luis Guilherme. Serão formados, acrescentou, grupos de intervenção rápida para realizarem todo tipo de atendimento.

Os Bombeiros contarão ainda, pela primeira vez, com sete viaturas híbridas, ou seja, prontas para operações tanto de incêndio, salvamento e para prestar serviço como ambulância. Serão 361 homens da corporação, que terão ainda, na orla de Copacabana, mais duas viaturas de combate a incêndios.

Será montado ainda um hospital de campanha dos Bombeiros, com 20 leitos, sendo duas UTIs (unidades de tratamento intensivo). Treze médicos trabalharão na unidade, que ficará na esquina das avenidas Atlântica e Rainha Elizabeth.

Atendimento médico

O Réveillon de Copacabana terá também cinco pontos de atendimento médico, que será feito por 109 profissionais de saúde, dos quais 64 médicos. Cada unidade terá de 10 a 12 leitos, e 50 ambulâncias UTIs estarão disponíveis em conjunto.

O serviço estará à disposição da população a partir das 17h do dia 31. Os postos ficarão localizados na altura das ruas Princesa Isabel, Duvivier, Fernando Mendes, Xavier da Silveira e entre as ruas Figueiredo Magalhães e Santa Clara.

Limpeza

A operação especial da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) para a limpeza das ruas da cidade começará às 6h do dia 1º de janeiro. Estarão disponíveis 3.800 garis, 300 carros e 85 equipamentos de limpeza.

Apenas para Copacabana, serão 1.300 homens, 100 viaturas e 23 equipamentos.

Antes, no dia 30, 200 garis e 25 viaturas atuarão na limpeza das ruas do Centro da cidade, para limpar o papel picado que, tradicionalmente, é jogado dos prédios da região. O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, pediu que a população abandone a tradição e não suje as ruas da cidade.

"Não joguem papel picado. É poluente, ecologicamente incorreto, e entope os bueiros, principalmente nessa época de chuvas fortes de verão", afirmou.