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Prefeitura de Angra (RJ) inicia demolições de casas em áreas de risco
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DIANA BRITO
colaboração para a Folha Online, no Rio
A Prefeitura de Angra (RJ) informou no início da tarde desta segunda-feira que iniciou as demolições das casas interditadas em locais de risco no morro da Carioca, no centro da cidade, que foi atingido na madrugada da última sexta (1º) por um deslizamento de terra.
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Durante a manhã de hoje, quatro imóveis foram destruídos pela prefeitura no morro. Até as 12h15, mais um corpo tinha sido encontrado na região e elevou para 47 o número de vítimas na cidade.
Bruno Domingos/Reuters |
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De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente de Angra, pelo menos 80 casas que estão em áreas de risco serão demolidas no morro da Carioca. O órgão informou ainda que outros dez imóveis serão demolidos no morro do Bullét, que fica atrás do da Carioca. A Prefeitura de Angra afirmou que as casas foram interditadas após a realização de um estudo de engenheiros do município.
Agentes da Defesa Civil liberaram moradores para retirar de suas casas imóveis, eletrodomésticos e pertences. Segundo técnicos da prefeitura, a população está colaborando e não há resistência. Está prevista a implantação de um aluguel social para abrigar as vítimas, mas, por enquanto, algumas vão para casas de amigos e parentes e outras para abrigos municipais.
A Defesa Civil informou ainda que há 125 pessoas desabrigadas e 113 desalojadas (provisoriamente em casas de parentes) no morro da Carioca. Até esta segunda, foram registradas 138 ocorrências, entre interdições de imóveis, remoção e poda de árvores. Outras 770 pessoas também tiveram que deixar suas casas na região de Mambucaba, também em Angra.
Os desabrigados foram levados para quatro escolas públicas da cidade. O decreto de calamidade pública, que foi divulgado no mesmo dia da tragédia, entrou em vigor nesta segunda-feira ao ser registrado no "Diário Oficial".
Mais de cem homens do Corpo de Bombeiros trabalham nas buscas na praia do Bananal, na Ilha Grande, e no morro da Carioca. Eles contam com o apoio da Defesa Civil Municipal e Estadual, além da Marinha. Os profissionais contam também com dois helicópteros, duas retroescavadeiras e cães farejadores.
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