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25/01/2003 - 03h37

Eleição de Tatto é investigada por Promotoria

da Folha de S.Paulo

O Ministério Público do Estado de São Paulo investiga suspeita de corrupção na eleição para a presidência da Câmara Municipal, vencida por Arselino Tatto (PT). A apuração foi motivada por representação do vereador Antonio Carlos Rodrigues (PL), que saiu derrotado da disputa.

Na representação, Rodrigues levanta suspeita em torno da mudança de voto dos vereadores Edivaldo Estima (PPS), Eliseu Gabriel (PDT), Humberto Martins (PDT) e Havanir Nimitz (Prona).

Os quatro parlamentares tinham assumido compromisso de votar no candidato do PL, mas três deles votaram em Tatto no dia da decisão, em dezembro do ano passado. Havanir, que na época estava sendo investigada por uma sindicância interna da Câmara Municipal, não apareceu para votar.

Antes da mudança de voto, Rodrigues contava ter maioria para vencer a disputa pela presidência. Na representação encaminhada a promotores, ele atribui a mudança de voto de seus colegas a "fatos e irregularidades que possam ter sido praticados por parlamentares e pela administração" na disputa. Na votação, ele teve 25 votos, e Tatto, 29.

Depoimento
Segundo o Ministério Público, Rodrigues será chamado na próxima semana para dar informações detalhadas sobre suspeitas que ele levanta, como a oferta de cargos no governo em troca de voto para Tatto.

Os promotores também devem convocar na próxima semana o presidente da Câmara.

"Ele pode falar o que quiser, mas é preciso provar", disse ontem o vereador Estima, que, como Tatto e outros vereadores mencionados por Rodrigues, nega qualquer irregularidade.

Na administração, a apuração provocou ontem uma reação irônica do secretário de Governo, Rui Falcão.

"A eleição de Arselino Tatto foi uma eleição democrática, reconhecida até pelo próprio adversário, que continua hoje a integrar a base de sustentação do governo. Mas se o Ministério Público quiser investigar a mudança de opinião das pessoas, que é uma coisa nova no país, ele que o faça", disse Falcão, ontem, em informativo interno da prefeitura.

Ontem, ele também voltou a negar que haja loteamento de cargos no governo. "O que há é que as pessoas que apóiam o nosso governo têm direito de participar do governo", disse.
 

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