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28/01/2003 - 09h37

Chuva faz Defesa monitorar 164 áreas de risco no Vale do Paraíba

KEILA RIBEIRO
CAROLINA FARIAS
da Folha Vale

Cerca de 32.160 moradores de 164 áreas com risco de deslizamentos de terra, em 20 cidades do Vale do Paraíba e do litoral norte, estão sendo monitorados 24 horas por dia pela Defesa Civil.

Ontem, as cidades de São José dos Campos, Guaratinguetá, Aparecida e Piquete receberam a visita de técnicos IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), que foram até as áreas avaliar a necessidade ou não de remoção das famílias que moram nos locais de risco.

Na semana passada, outras quatro cidades também foram vistoriadas pelos técnicos do instituto, que a princípio não constataram a necessidade de remoções.

Segundo a diretora de comunicação da Defesa Civil estadual, Eliane Nikoluk, a atenção dispensada a essas cidades foi intensificada por causa da previsão de chuvas contínuas até o final desta semana, de acordo com o centro de operações meteorológicas do órgão. "A chuva constante desestabiliza as encostas porque encharca o solo. E o risco de escorregamento é crítico, pois pode matar", afirmou a diretora.

As áreas nas 20 cidades que estão passando por esse monitoramento foram mapeadas pelo IPT no ano passado. A seleção foi feita justamente por causa do risco de deslizamento de encosta.

Devido aos altos índices pluviométricos acumulados nos últimos três dias, os municípios de Caraguatatuba, Areias, Piquete, Queluz e São José dos Campos foram declaradas em estado de atenção pela Defesa Civil, segundo o nível de operação de prevenção.

Neste ano, o IPT analisou 12 áreas no Estado. Dessas, oito cidades são da região _São José dos Campos, Jacareí, Paraibuna, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Piquete, Guaratinguetá e Aparecida.

O IPT é chamado pelas prefeituras para assessoria técnica nos casos em que há excesso de chuvas ou risco de deslizamento, mas em relação às vistorias do Vale do Paraíba, do litoral e da serra da Mantiqueira o instituto decidiu se antecipar.

O geólogo do departamento de controle de riscos do instituto, Eduardo Soares Macedo, afirmou que mesmo que as precipitações nos locais não tenham atingido o índice de atenção (acima de 80 mm) ou de alerta (100 mm), os técnicos decidiram analisar "de perto" as áreas devido aos dias de chuva contínuas.

Em São José dos Campos, por exemplo, as precipitações, de fraca a moderada, têm sido registradas há dez dias.

No município, até ontem havia chovido 262,9 mm. O normal para o mês de janeiro é de 194 mm.

"Estamos muito preocupados e decidimos realizar as vistorias mesmo sem nenhuma solicitação formal. É melhor assim do que colocar as famílias em risco", afirmou Macedo.

O Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) também emitiu um boletim de alerta à Defesa Civil Nacional nesta semana avisando sobre a continuidade de chuvas, principalmente no Vale, no litoral e na serra, na faixa leste do Estado.

O meteorologista do centro Marcelo Seluchi disse que o mês de janeiro é um período chuvoso, mas que as precipitações costumam ser mais distribuídas. Na região, as precipitações e pancadas de chuvas têm sido registradas em períodos curtos.
 

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