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05/02/2003 - 08h39

Amigos ainda tentam entender atos do casal que agrediu filhos

da Folha Campinas

Familiares e amigos do casal de músicos Alexandre Alvarenga e Sara Maria Rosolen Alvarenga, que agrediu os filhos no último domingo, em Campinas (95 km de SP) disseram à Folha que ainda não conseguiram compreender as agressões cometidas por eles contra os filhos, no último domingo, no bairro Guanabara.

Para a amiga e produtora da capa do CD mais recente da dupla _que ainda não foi lançado_, Denise Duran, o fato precisa ser explicado por médicos. Ela disse conhecer o casal há cinco anos e afirmou que eles eram extremamente carinhosos e atenciosos com as duas crianças.

"A única coisa que eles faziam era trabalhar, e muito. Eles não tinham tempo para outra coisa senão o trabalho e os filhos. Ninguém acredita no que aconteceu. Isso é como um pesadelo que caiu sobre a cabeça de todo mundo", afirmou a amiga.

De acordo com um amigo que mora próximo à casa da mãe de Alexandre, que não quis se identificar, em nenhum momento os músicos deram um sinal de que poderiam tomar uma atitude violenta contra as duas crianças.

"Quem conhece os dois não consegue acreditar no que aconteceu. A única explicação que eu tenho é que ele perdeu a razão depois de um acidente de carro e cometeu uma loucura", disse.

Segundo o amigo, o casal há anos trabalhava para abrir uma produtora musical própria e estava prestes a conseguir realizar o sonho. "Não consigo entender como os músicos, que lutaram durante anos para concretizar a produtora, podem ter jogado tudo que construíram para o ar."

"Eles lutaram muito para isso. Agora que tudo estava dando certo e as coisas estavam começando realmente a acontecer na vida deles, essa atitude não tem nenhuma explicação", afirmou.

Duran confirmou os planos da produtora. "Tínhamos muitos planos e estávamos programando a montagem até de um festival. Continuo acreditando que isso vai acontecer, mas penso que será mais difícil agora."

"Na família ninguém conseguiu entender o que aconteceu", afirmou o cunhado de Alexandre João Suzuki.
 

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