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07/08/2000 - 19h28

CPTM informa que feridos leves não devem ser indenizados

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FABIANE LEITE
da Folha Online

O coordenador do Programa de Qualidade de Vida da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Luiz Alberto Chaves de Oliveira, informou que pessoas que tiveram ferimentos leves na colisão de dois trens da companhia não deverão ser indenizadas. "Feridos leves não receberão indenização. Não vamos dar a quem não cabe", disse Oliveira nesta tarde, durante entrevista para divulgar balanço sobre o atendimento às pessoas feridas no acidente.

Um pouco depois, Oliveira destacou que a indenização ocorrerá somente para as pessoas que estiverem dentro de padrões técnicos, que ele não quis detalhar. Oliveira apenas exemplificou, dizendo que não indenizaria alguém que levou apenas uma pedrada na cabeça.

No dia 28 de julho dois trens da CPTM bateram na estação de Perus, região noroeste de São Paulo, matando nove pessoas. A companhia corrigiu novamente o número de feridos, para 104 pessoas. Segundo Oliveira, há ainda 20 pessoas que passaram pelo hospital de Taipas em razão de ferimentos leves no acidente e que não foram ainda localizadas porque não foram registradas.

Segundo Oliveira, os gastos que os feridos tiverem a mais em razão do acidente só serão ressarcidos mediante a apresentação de notas fiscais que comprovem as despesas. Ele também disse que, de acordo com norma legal, as cinco famílias de acidentados que estão recebendo um salário mínimo terão este valor descontado caso recebam indenização da companhia. Para o coordenador, é recomendável ainda que os feridos registrem um B.O. (Boletim de Ocorrência) sobre o acidente para garantir uma possível indenização.


Oliveira promete que até o fim da semana já terá os valores das indenizações para as famílias dos mortos, que devem estar disponíveis em ate 40 dias após a definição.

De acordo com o coordenador, já foram entregues 86 cestas básicas. Quinze pessoas que receberam oferta da cesta não a aceitaram, Também começará a funcionar um serviço de atendimento domiciliar às vítimas. oferecendo reabilitação física, psicológica e social.

Dez equipes da companhia, compostas de cinco assistentes sociais, três psicólogos e onze técnicos, já visitaram 101 pessoas, segundo Oliveira. Trinta e sete pessoas estariam recebendo medicamentos.

O coordenador não soube precisar quanto a companhia gastou até agora com a assistência às famílias.

Ainda permaneciam internados, até a tarde de hoje, Osmar Oliveira dos Santos (idade não divulgada), no hospital de Taipas, Eliete Souza dos Santos, 39, no Hospital do Tatuapé e Osvaldo José dos Santos, 36, que poderia ter alta ainda hoje.

Oliveira negou que três pessoas feridas no acidente não estejam recebendo assistência adequada. As vítimas Ewanda Elisângela da Silva, 22, Luciana Alves de Almeida, 22 e Maria do Carmo Moreira Almeida, 24, disseram nesta manhã, quando foram registrar B.O. sobre o acidente no 46º Distrito Policial (Perus) que não estariam recebendo a ajuda necessária da companhia.

A CPTM informou que Ewanda já recebeu cesta básica e medicação, além de ter realizado entrevista com psicóloga. Luciana também já teria recebido medicação e visitar domiciliar, além de cesta básica. Segundo a companhia, Maria do Carmo não aceitou os medicamentos e a cesta básica oferecidos.

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