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06/02/2003
-
21h53
da Agência Folha, em Belém
A contaminação e a mortandade de peixes e jacarés no rio Iriri, na região do Xingu (PA), fez com que a Prefeitura de Altamira determinasse nesta quinta-feira a suspensão parcial da captação da água do rio e o racionamento aos 85 mil habitantes.
A origem da contaminação é desconhecida e surgiu há pelo menos 15 dias. Uma equipe de ambientalistas e técnicos chegou hoje a Altamira (740 km de Belém) para investigar as causas da mortandade no rio, que é afluente do rio Xingu.
O abastecimento de água na cidade, a princípio, não será prejudicado em razão do reservatório que atenderá a cidade, segundo a prefeitura.
A contaminação atingiu também três aldeias -xipaia, caiapós e araras. Os índios tiveram de suspender o consumo de peixes e da água. Eles estão sendo orientados a manter o abastecimento a partir de poços.
Um representante da Funai (Fundação Nacional do Índio) se reunirá com caciques para avaliar a existência de alguma contaminação entre os índios.
Parte da equipe de técnicos fará nesta sexta um sobrevôo sobre o rio, enquanto outro grupo seguirá em dois barcos de Altamira até a parte contaminada, em uma viagem que leva um dia e meio, segundo a assessoria de imprensa do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis).
Em estado de alerta com a contaminação, a Prefeitura de Altamira também recomendou que a população suspendesse temporariamente o consumo de peixes.
Segundo o engenheiro químico do Ibama João Bosco Costa Dias, há duas hipóteses para explicar a mortandade: a proliferação de algas e o vazamento químico de mineradoras.
"Uma das possibilidades é a ocorrência de uma 'explosão de algas', que gera a queda no nível de oxigênio do rio. Isso explicaria a razão dos peixes que vivem no fundo e se alimentam do lodo terem sido os mais atingidos", disse o engenheiro.
Outra hipótese não descartada pelo engenheiro é a de vazamento de tanques usados por mineradoras na região. "Em razão das chuvas, tanques com ingredientes químicos podem ter vazado para o rio."
Os técnicos irão coletar amostras da água, do lodo no fundo do rio e de peixes mortos. Serão feitas análises biológicas de algas e bactérias e testes para identificar o nível de oxigênio.
Captação de água em rio contaminado no PA é suspensa parcialmente
MAURÍCIO SIMIONATOda Agência Folha, em Belém
A contaminação e a mortandade de peixes e jacarés no rio Iriri, na região do Xingu (PA), fez com que a Prefeitura de Altamira determinasse nesta quinta-feira a suspensão parcial da captação da água do rio e o racionamento aos 85 mil habitantes.
A origem da contaminação é desconhecida e surgiu há pelo menos 15 dias. Uma equipe de ambientalistas e técnicos chegou hoje a Altamira (740 km de Belém) para investigar as causas da mortandade no rio, que é afluente do rio Xingu.
O abastecimento de água na cidade, a princípio, não será prejudicado em razão do reservatório que atenderá a cidade, segundo a prefeitura.
A contaminação atingiu também três aldeias -xipaia, caiapós e araras. Os índios tiveram de suspender o consumo de peixes e da água. Eles estão sendo orientados a manter o abastecimento a partir de poços.
Um representante da Funai (Fundação Nacional do Índio) se reunirá com caciques para avaliar a existência de alguma contaminação entre os índios.
Parte da equipe de técnicos fará nesta sexta um sobrevôo sobre o rio, enquanto outro grupo seguirá em dois barcos de Altamira até a parte contaminada, em uma viagem que leva um dia e meio, segundo a assessoria de imprensa do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis).
Em estado de alerta com a contaminação, a Prefeitura de Altamira também recomendou que a população suspendesse temporariamente o consumo de peixes.
Segundo o engenheiro químico do Ibama João Bosco Costa Dias, há duas hipóteses para explicar a mortandade: a proliferação de algas e o vazamento químico de mineradoras.
"Uma das possibilidades é a ocorrência de uma 'explosão de algas', que gera a queda no nível de oxigênio do rio. Isso explicaria a razão dos peixes que vivem no fundo e se alimentam do lodo terem sido os mais atingidos", disse o engenheiro.
Outra hipótese não descartada pelo engenheiro é a de vazamento de tanques usados por mineradoras na região. "Em razão das chuvas, tanques com ingredientes químicos podem ter vazado para o rio."
Os técnicos irão coletar amostras da água, do lodo no fundo do rio e de peixes mortos. Serão feitas análises biológicas de algas e bactérias e testes para identificar o nível de oxigênio.
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