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07/08/2000 - 20h03

Planalto adota cautela para liberar recursos às áreas atingidas pelas chuvas no NE

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WILLIAM FRANÇA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O governo federal decidiu adotar prudência para a liberação de recursos para as áreas atingidas pelas enchentes no Nordeste. A medida provisória de repasse de verbas só deve ser assinada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso na quarta-feira, e ainda não há previsão dos valores que serão repassados.

"Decidimos ser prudentes", afirmou nesta segunda-feira (7) o secretário de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, Pedro Sanguinetti. E justificou a demora para a liberação de verbas usando quatro argumentos.

São eles:

1) não é possível quantificar ainda os prejuízos, pois vários municípios ainda estão isolados;

2) o governo federal não pretende ser novamente criticado por liberar apenas uma quantia simbólica inicialmente;

3) há riscos de uso político dos recursos em ano eleitoral, como foram identificados em pelo menos dois casos;

4) as vítimas das chuvas estão recebendo cestas de alimentos, roupas, cobertores e remédios, tanto adquiridos pelo governo federal quanto doações, o que retira o caráter de urgência para o atendimento a essas pessoas.

Os comitês de Defesa Civil dos Estados estão ainda trabalhando no levantamento dos prejuízos, em conjunto com os municípios. Hoje, de acordo com a Secretaria de Defesa Civil, o governo de Pernambuco estimou em R$ 128 milhões e o de Alagoas em outros R$ 100 milhões os prejuízos.

De qualquer forma, Sanguinetti disse que o governo federal fará uma reavaliação para checar os dados.

O administração de FHC não quer ser novamente objeto de críticas, como as ocorridas no início do ano, quando o governo liberou apenas R$ 5 milhões de imediato para as vítimas das chuvas em Minas e São Paulo, embora tenha repassado R$ 54 milhões ao todo.

Também quer evitar casos como os ocorridos agora, quando um candidato a vereador de Serinhanhem (PE) foi flagrado distribuindo cestas aos flagelados. Também houve o caso da cidade de Catende, onde a prefeitura "inventou" 22 mortos.

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