Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/02/2003 - 10h07

Corpo de Nascimento Brito será será cremado às 12h

da Folha Online


O corpo do jornalista Manoel Francisco do Nascimento Brito será cremado hoje às 12h, no crematório do cemitério do caju, zona central do Rio, em cerimônia restrita à família.

O jornalista morreu na manhã de ontem, aos 80 anos, no Hospital Copa D'Or, em Copacabana (RJ), onde estava internado desde o dia 20 de janeiro, vítima de acidente vascular cerebral e falência cardíaca.

Manoel Francisco entrou no "Jornal do Brasil" em 1949 e só deixou o diário em 2000. Foi casado e teve cinco filhos com Leda Marina Marchesini, enteada do conde Ernesto Pereira Carneiro, que havia comprado o "JB" em 1918. Dono de empresas de navegação e aviação, Pereira Carneiro recebera o título de conde do Vaticano.

Nascimento Brito nasceu em 2 de agosto de 1922. Sua mãe, Amy Avoegno do Nascimento Brito, era inglesa, e ele sempre cultivou essa ascendência. Durante a Guerra das Malvinas, em 1982, as ilhas disputadas pela Argentina e pela Grã-Bretanha eram chamadas no "Jornal do Brasil" pelo nome britânico - Falklands.

Formado em direito pela Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), Nascimento Brito era procurador do Banco do Brasil quando foi chamado por Pereira Carneiro para ser consultor jurídico da "Rádio JB". Casou-se em 1946 e, em 1952, foi nomeado superintendente do sistema ''Jornal do Brasil'', que incluía o jornal, a agência de notícias, uma gráfica e as emissoras de rádios.

Após a morte do conde, em 1954, a direção do jornal ficou sob responsabilidade de sua viúva, a condessa Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, que iniciou um processo de reformulação editorial e gráfica do "JB", até então um jornal especializado em classificados, que ocupavam toda a sua primeira página.

Em 1956, Nascimento Brito foi nomeado diretor-executivo da empresa. Sob o comando de jornalistas como Janio de Freitas, hoje membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, Reinaldo Jardim, Odilo Costa, filho, e Amílcar de Castro (na parte gráfica), o jornal ganhou credibilidade e conquistou o público mais intelectualizado.

Data dessa época o Caderno B, o primeiro caderno de cultura da imprensa brasileira, que chegou a ter dez críticos de cinema. O jornalista Alberto Dines foi o editor-chefe que mais tempo ocupou o cargo na nova fase do jornal. Ficou quase 12 anos, de janeiro de 1962 a dezembro de 1973, e, segundo Nascimento Brito, consolidou a reforma do "JB". Em 1973, driblou a censura com a célebre capa sem manchete que noticiou o golpe militar no Chile.

Com Folha de S.Paulo
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página