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29/01/2010 - 21h15

Comerciante de Aracaju (SE) morre após acionar 190

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RENATA BAPTISTA
da Agência Folha

Um comerciante de Aracaju (SE) foi morto a tiros mesmo após ter pedido ajuda à polícia por telefone. Na manhã da última segunda-feira (25), Eraldo de Jesus Santos, 42, desconfiou da presença de dois motoqueiros que estavam parados em frente ao depósito de bebidas de que era dono e ligou para o serviço 190, do Ciosp (Centro Integrado de Operações em Segurança Pública) para fazer a denúncia.

A atendente, no entanto, pediu mais informações. Santos foi baleado cerca de quatro horas após desligar o telefone.

A ligação, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado, aconteceu por volta das 7h30. Santos estava no estabelecimento com o dinheiro que ganhou durante as vendas no fim de semana do Pré-caju (Carnaval fora de época de Aracaju) --uma quantia avaliada em R$ 80 mil.

A atendente perguntou se os motoqueiros eram suspeitos e se havia informações sobre a placa da moto ou das características das pessoas. Santos disse que não poderia obter as informações. Na gravação da conversa, ela insiste para que as informações sejam repassadas. O comerciante então desistiu e desligou o telefone.

Por volta das 11h30, ele saiu do local e foi abordado pelos suspeitos, que roubaram o dinheiro e o mataram com um tiro na cabeça.

Segundo a Secretaria da Segurança, a atendente falhou porque não repassou a ocorrência para a Polícia Militar. Ela foi demitida no dia seguinte ao crime.

Os atendentes não fazem parte da polícia: são funcionários de uma empresa terceirizada para realizar os atendimentos. De acordo com a secretaria, geralmente os funcionários passam por um treinamento de cerca de dois meses, onde passam por situações simuladas de urgência e são acompanhados por policiais. A atendente, no entanto, havia passado por um treinamento mais "intensivo".

No centro de atendimento, 80 atendentes se dividem em quatro turnos. Após receber a ligação, eles devem encaminhá-las para a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros ou Instituto Médico Legal, dependendo da ocorrência.

O caso será investigado pelo delegado Cristiano Barreto, do Cope (Complexo de Operações Policiais Especiais), ligado à Polícia Civil.

 

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