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14/02/2003
-
03h34
da Folha de S.Paulo
A Prefeitura de São Paulo desembolsa desde janeiro R$ 4.000 por mês para manter um escritório em Brasília -a 1.015 km da sede da administração.
A despesa _R$ 2.500 com o aluguel e R$ 1.500 com o condomínio do imóvel_ ainda será acrescida de salário para cerca de seis funcionários e outros gastos, como transporte dos servidores.
Os custos com aluguel e condomínio estão correndo desde 3 de janeiro, quando a prefeitura acertou a locação de uma sala de 80 m2 no edifício Central Park, na Asa Norte, segundo a empresa Rodolfo Imóveis.
A previsão da prefeitura, no entanto, é iniciar as atividades do escritório em Brasília somente a partir do mês que vem.
É a primeira vez que a administração adere à estratégia de ter funcionários na capital federal para fazer lobby, prática adotada por Estados pelo menos desde o governo de José Sarney (85-90). A prefeitura do Rio também mantém representantes na capital.
Funcionários
No caso da administração Marta Suplicy (PT), o método não havia sido usado nem sequer durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), época em que a petista fazia reiteradas reclamações por ter verbas no Orçamento -para enchentes, por exemplo- que não eram liberadas.
O objetivo de ter um escritório em Brasília agora, diz a Secretaria de Governo, é ter "funcionários de confiança" para acompanhar a liberação de verbas da União para a cidade, buscar recursos e analisar eventuais parcerias que possam ser firmadas pela prefeitura com ministérios e secretarias.
Secretários e a prefeita Marta poderão usar a sala quando viajarem a Brasília.
O contrato de locação foi feito por um ano e poderá ser renovado, de acordo com a imobiliária que fechou o negócio.
Procurada ontem pela Folha, a Secretaria de Governo informou que a despesa com o aluguel da sala -identificada pela prefeitura como "escritório de representação"- seria de cerca de R$ 2.000.
Ainda segundo a secretaria, pelo menos seis funcionários devem trabalhar no escritório, incluindo contínuo e secretária. Como as nomeações não foram feitas ainda, não há previsão do total que será gasto com pessoal.
Além de aluguel, condomínio e pessoal, a prefeitura, como locatária do imóvel, vai ter de pagar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) do imóvel e arcar com as despesas das cinco linhas telefônicas instaladas na sala.
Como o carnê do IPTU é entregue no imóvel, a imobiliária não soube informar ontem o valor do imposto que terá de ser pago.
O escritório, que fica em um edifício de 20 andares em uma área comercial de Brasília, tem três vagas na garagem e é semimobiliado, segundo a empresa que fez a locação. Na sala, há mesas, cadeiras e computador, segundo a Rodolfo Imóveis.
Reuniões
A prefeita Marta Suplicy viaja hoje a Brasília, onde tem encontros agendados com os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça), José Dirceu (Casa Civil) e Antônio Palocci (Fazenda).
Ao ministro da Justiça, a prefeita e o secretário Benedito Mariano (Segurança) pedirão recursos para compra de veículos, uniformes e outros materiais para a Guarda Civil Metropolitana.
A pauta dos encontros com Dirceu e Palocci não foi divulgada pela administração. Segundo a prefeitura, com os dois ministros a prefeita tratará de "assuntos de interesse da cidade".
Prefeitura de São Paulo monta escritório de lobby no DF
JOÃO CARLOS SILVAda Folha de S.Paulo
A Prefeitura de São Paulo desembolsa desde janeiro R$ 4.000 por mês para manter um escritório em Brasília -a 1.015 km da sede da administração.
A despesa _R$ 2.500 com o aluguel e R$ 1.500 com o condomínio do imóvel_ ainda será acrescida de salário para cerca de seis funcionários e outros gastos, como transporte dos servidores.
Os custos com aluguel e condomínio estão correndo desde 3 de janeiro, quando a prefeitura acertou a locação de uma sala de 80 m2 no edifício Central Park, na Asa Norte, segundo a empresa Rodolfo Imóveis.
A previsão da prefeitura, no entanto, é iniciar as atividades do escritório em Brasília somente a partir do mês que vem.
É a primeira vez que a administração adere à estratégia de ter funcionários na capital federal para fazer lobby, prática adotada por Estados pelo menos desde o governo de José Sarney (85-90). A prefeitura do Rio também mantém representantes na capital.
Funcionários
No caso da administração Marta Suplicy (PT), o método não havia sido usado nem sequer durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), época em que a petista fazia reiteradas reclamações por ter verbas no Orçamento -para enchentes, por exemplo- que não eram liberadas.
O objetivo de ter um escritório em Brasília agora, diz a Secretaria de Governo, é ter "funcionários de confiança" para acompanhar a liberação de verbas da União para a cidade, buscar recursos e analisar eventuais parcerias que possam ser firmadas pela prefeitura com ministérios e secretarias.
Secretários e a prefeita Marta poderão usar a sala quando viajarem a Brasília.
O contrato de locação foi feito por um ano e poderá ser renovado, de acordo com a imobiliária que fechou o negócio.
Procurada ontem pela Folha, a Secretaria de Governo informou que a despesa com o aluguel da sala -identificada pela prefeitura como "escritório de representação"- seria de cerca de R$ 2.000.
Ainda segundo a secretaria, pelo menos seis funcionários devem trabalhar no escritório, incluindo contínuo e secretária. Como as nomeações não foram feitas ainda, não há previsão do total que será gasto com pessoal.
Além de aluguel, condomínio e pessoal, a prefeitura, como locatária do imóvel, vai ter de pagar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) do imóvel e arcar com as despesas das cinco linhas telefônicas instaladas na sala.
Como o carnê do IPTU é entregue no imóvel, a imobiliária não soube informar ontem o valor do imposto que terá de ser pago.
O escritório, que fica em um edifício de 20 andares em uma área comercial de Brasília, tem três vagas na garagem e é semimobiliado, segundo a empresa que fez a locação. Na sala, há mesas, cadeiras e computador, segundo a Rodolfo Imóveis.
Reuniões
A prefeita Marta Suplicy viaja hoje a Brasília, onde tem encontros agendados com os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça), José Dirceu (Casa Civil) e Antônio Palocci (Fazenda).
Ao ministro da Justiça, a prefeita e o secretário Benedito Mariano (Segurança) pedirão recursos para compra de veículos, uniformes e outros materiais para a Guarda Civil Metropolitana.
A pauta dos encontros com Dirceu e Palocci não foi divulgada pela administração. Segundo a prefeitura, com os dois ministros a prefeita tratará de "assuntos de interesse da cidade".
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