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14/02/2003 - 03h58

Monitor é acusado de dar arma para fuga de menores da Febem

da Folha de S.Paulo

Um funcionário da Febem de Franco da Rocha (Grande São Paulo) foi preso em flagrante sob suspeita de ter fornecido uma pistola calibre 380 para a fuga de 31 internos da unidade, ontem de madrugada.

O funcionário, um agente de apoio técnico, foi detido ontem à tarde. Em entrevista à imprensa, ele negou a acusação, mas, no depoimento formal, no distrito policial de Franco da Rocha, optou por não fazer declarações.

Ele seria transferido ontem à noite para um Centro de Detenção Provisória em São Paulo.

A Febem informou que o funcionário ficará afastado do cargo. A fundação vai aguardar as conclusões do inquérito policial para tomar outras providências.

O presidente do sindicato dos funcionários da Febem, Antônio Gilberto da Silva, disse que o caso deve ser apurado "rigorosamente", mas que ainda não há provas contra o trabalhador.

Rebeliões e fugas têm acontecido com frequência na Febem de Franco da Rocha. A direção da fundação suspeita da participação de alguns funcionários nos distúrbios registrados. O sindicato vinha negando isso.

De acordo com o presidente da Febem, foram tomadas medidas para melhorar a segurança em Franco da Rocha, como aumento de 40% no número de funcionários. As revistas para encontrar armas passaram a ser mais frequentes, mas o problema tem continuado.

Apesar da sequência de eventos, Costa diz que Franco da Rocha não deve terminar como a extinta unidade Imigrantes da Febem, desativada em 1999, após a rebelião mais violenta da história da fundação, quando quatro menores foram mortos por outros garotos, 48 ficaram feridos, e três prédios foram destruídos.

"Não chegará jamais a esse ponto. Estamos agindo de maneira preventiva para evitar isso e confiamos que em breve esses problemas estarão superados."

Fuga

A fuga dos 31 internos aconteceu às 2h de ontem. Até a conclusão desta edição, 18 deles haviam sido recapturados.

Os fugitivos estavam na unidade 21, que tem 76 menores no total. Segundo a Febem, com a pistola que receberam, os internos dominaram os dez funcionários que trabalhavam na unidade 21.

Os meninos empilharam móveis para escalar o muro de cinco metros de altura e usaram o fio do cortador de grama para descer pelo outro lado.
 

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