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16/02/2003
-
04h24
da Folha de S.Paulo, no Rio
Como de costume, o carnavalesco Joãosinho Trinta levará muito luxo para a Marquês de Sapucaí com o desfile da Grande Rio. A diferença neste ano é que ele tem quem banque a riqueza com que pretende tratar o enredo sobre a história da mineração: a Companhia Vale do Rio Doce.
Maior mineradora de ferro do mundo, a Vale vai investir R$ 2,5 milhões num tema que aborda o seu principal negócio. É o único grande patrocínio no Carnaval deste ano, marcado por críticas de outras escolas, que optaram por não ter apoios e fazer um Carnaval mais independente.
Aos críticos, Joãosinho Trinta responde: "Não faremos menção direta à Vale. Falaremos dos bandeirantes, das montanhas de ferro de Minas Gerais e de como a mineração ajudou o desenvolvimento do país. O Carnaval da Grande Rio será surpreendente".
O enredo começa pela Grécia antiga para contar a lenda da criação do mundo mineral. Passa, em seguida, para os bandeirantes, que se aventuraram pelo interior do país abrindo estradas em busca de minerais e pedras preciosas.
Depois, é narrada a expansão da mineração no país e seu papel na criação de uma infra-estrutura de transporte, com a construção de estradas, ferrovias e portos.
Mesmo sem citar a companhia, a Grande Rio mostrará a história dos índios carajás. É em áreas próximas à reserva que a Vale tem suas maiores jazidas de ferro e começa a explorar cobre.
Joãosinho Trinta diz que não faltará nas alegorias muito material dourado e brilhante, referência às pedras raras e ao ouro.
Segundo a diretora de Comunicação da Vale, Márcia Magno, foi o carnavalesco quem procurou a empresa para contar que faria um Carnaval sobre mineração. A idéia logo agradou, disse ela.
Segundo Magno, a companhia, que não tem nenhum produto de venda no varejo, precisava mostrar sua área de atuação e falar mais diretamente aos novos acionistas -hoje, quase 1 milhão-, que compraram papéis da empresa com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Foi também uma maneira de comemorar os 60 anos da Vale, completados em 2002.
"O Carnaval fala ao coração do Brasil. Mais do que isso: é a festa brasileira mais popular fora do país, onde está a maior parte dos nossos clientes."
Joãosinho Trinta afirmou que a Vale, além do dinheiro, está auxiliando na pesquisa do enredo. O carnavalesco, que já fez um homem voar na avenida, afirmou que o tema dá um lindo Carnaval e promete surpresas.
Márcia Magno conta uma delas. Diz que será usado pó de hematita (um tipo de mineral) para "pintar" o corpo de passistas da escola. O produto saiu das minas da companhia em Minas Gerais e, segundo ela, é brilhante e atóxico.
Ao todo, a Vale vai investir R$ 6 milhões em camarotes e outras ações de marketing. A idéia é levar os principais clientes da empresa no mundo para a Sapucaí. Para satisfazer os chineses, grandes compradores de ferro, Márcia quer ter o ex-jogador Zico e a atriz Lucélia Santos no camarote. Eles são, segundo ela, os brasileiros mais conhecidos na China.
Vale do Rio Doce investe R$ 2,5 mi na Grande Rio
PEDRO SOARESda Folha de S.Paulo, no Rio
Como de costume, o carnavalesco Joãosinho Trinta levará muito luxo para a Marquês de Sapucaí com o desfile da Grande Rio. A diferença neste ano é que ele tem quem banque a riqueza com que pretende tratar o enredo sobre a história da mineração: a Companhia Vale do Rio Doce.
Maior mineradora de ferro do mundo, a Vale vai investir R$ 2,5 milhões num tema que aborda o seu principal negócio. É o único grande patrocínio no Carnaval deste ano, marcado por críticas de outras escolas, que optaram por não ter apoios e fazer um Carnaval mais independente.
Aos críticos, Joãosinho Trinta responde: "Não faremos menção direta à Vale. Falaremos dos bandeirantes, das montanhas de ferro de Minas Gerais e de como a mineração ajudou o desenvolvimento do país. O Carnaval da Grande Rio será surpreendente".
O enredo começa pela Grécia antiga para contar a lenda da criação do mundo mineral. Passa, em seguida, para os bandeirantes, que se aventuraram pelo interior do país abrindo estradas em busca de minerais e pedras preciosas.
Depois, é narrada a expansão da mineração no país e seu papel na criação de uma infra-estrutura de transporte, com a construção de estradas, ferrovias e portos.
Mesmo sem citar a companhia, a Grande Rio mostrará a história dos índios carajás. É em áreas próximas à reserva que a Vale tem suas maiores jazidas de ferro e começa a explorar cobre.
Joãosinho Trinta diz que não faltará nas alegorias muito material dourado e brilhante, referência às pedras raras e ao ouro.
Segundo a diretora de Comunicação da Vale, Márcia Magno, foi o carnavalesco quem procurou a empresa para contar que faria um Carnaval sobre mineração. A idéia logo agradou, disse ela.
Segundo Magno, a companhia, que não tem nenhum produto de venda no varejo, precisava mostrar sua área de atuação e falar mais diretamente aos novos acionistas -hoje, quase 1 milhão-, que compraram papéis da empresa com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Foi também uma maneira de comemorar os 60 anos da Vale, completados em 2002.
"O Carnaval fala ao coração do Brasil. Mais do que isso: é a festa brasileira mais popular fora do país, onde está a maior parte dos nossos clientes."
Joãosinho Trinta afirmou que a Vale, além do dinheiro, está auxiliando na pesquisa do enredo. O carnavalesco, que já fez um homem voar na avenida, afirmou que o tema dá um lindo Carnaval e promete surpresas.
Márcia Magno conta uma delas. Diz que será usado pó de hematita (um tipo de mineral) para "pintar" o corpo de passistas da escola. O produto saiu das minas da companhia em Minas Gerais e, segundo ela, é brilhante e atóxico.
Ao todo, a Vale vai investir R$ 6 milhões em camarotes e outras ações de marketing. A idéia é levar os principais clientes da empresa no mundo para a Sapucaí. Para satisfazer os chineses, grandes compradores de ferro, Márcia quer ter o ex-jogador Zico e a atriz Lucélia Santos no camarote. Eles são, segundo ela, os brasileiros mais conhecidos na China.
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