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17/02/2003 - 11h11

No largo 13, zona sul de São Paulo, ladrão até aluga arma

da Folha de S.Paulo

Estratégias de estelionato misturadas com técnicas de roubo. Se a vítima perceber o golpe, será roubada. Ou pode ser apenas uma isca para atrair a vítima. Pode ser roubo sem arma, feito por um grupo, ou até com arma alugada. Vale tudo entre os ladrões que atuam no largo 13 de Maio, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo.

Com uma circulação de 1,2 milhão de pessoas por dia, com terminal de linhas de ônibus, lotações e metrô, o largo é o ponto mais crítico da região em relação às ocorrências de roubo, segundo o delegado André Luiz Antiqueira, do 11º DP (Santo Amaro).

"O número de roubos no largo cresceu 9% em 2002 em relação ao ano anterior", afirmou Antiqueira. Foram 182 roubos registrados no largo de julho de 2002 a janeiro de 2003.

A faxineira Odília Cardoso da Costa, 54, foi vítima da mistura de técnicas de crime. Na rua, parou para conversar com uma mulher que teria encontrado uma suposta documentação. Outra mulher, a suposta dona, surge e oferece uma recompensa.

Odília percebe a cilada quando a mulher pede que deixe a bolsa para buscar a recompensa. Não há mais tempo. As duas mulheres a ameaçam, arrancam sua bolsa e fogem. "Isso é comum. Começa com estelionato, mas acaba em roubo", explicou o delegado.

As estratégias dos criminosos também incluem o empréstimo de armas e ações de grupos desarmados. "Já descobrimos pessoas que emprestam armas para outros roubarem. O resultado do roubo é dividido", disse o sargento Marcos Orestes de Araújo, que comandou o posto da PM no largo e hoje coordena o policiamento motorizado na área.

Segundo ele, a criação de um batalhão ostensivo a pé, em 2001, reduziu os crimes. "É um paraíso perto do que era dois anos atrás."
 

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