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Moradores e funcionários retiram objetos de prédios interditados na zona oeste de SP
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FERNANDA PEREIRA NEVES
da Folha Online
Com a rua interditada, moradores e funcionários de dois prédios interditados na região da Barra Funda (zona oeste de São Paulo) permaneciam na via com seus pertences no início da tarde desta quinta-feira. As pessoas tiveram de deixar suas casas e escritórios levando apenas o indispensável após a Defesa Civil Municipal interditar os dois edifícios, nos números 225 (residencial) e 235 (comercial) da rua Tagipuru.
Famílias deixam prédio interditado na zona oeste
Defesa Civil interdita prédios da zona oeste de SP
Moradores relataram ter ouvido barulhos e sentido tremores por volta das 23h30 de ontem. Engenheiros da Defesa Civil e da prefeitura constataram que um dos prédios está se afastando do imóvel ao lado.
"Quem não tinha para onde ir, passou a noite na rua", disse o DJ Luciano Oliver, 37, sentado em uma poltrona na calçada em frente ao prédio onde os sogros moram há três anos.
Segundo Oliver, foram vários os casos de moradores que passaram a madrugada na rua. No fim da manhã desta quinta, representantes das 56 famílias afetadas participavam de uma reunião com a Defesa Civil.
Na ocasião, o movimento era grande em frente ao prédio comercial. Proprietários e funcionários das 75 salas entravam, em pequenos grupos, e retiravam pertences.
"Retiramos computadores e documentos. O resto ficou tudo lá", afirmou Vanessa Zapparoli, 31, funcionária de uma fornecedora de crachás que funciona no 14º andar.
Os funcionários de uma agência de viagem que funciona no 4º andar do edifício aguardavam pela vez de esvaziar o escritório. "Os próprios moradores tiveram que se organizar e montar uma ordem porque a Defesa Civil não estava dando conta. Tem gente que ficou até 30 minutos lá dentro e retirou tudo do escritório", afirmou o funcionário Lycurgo Pereira Marques Filho, 57.
Apesar do tumulto registrado no início da manhã, a retirada de pertences aconteceu normalmente, com a entrada de duas pessoas por sala, seguindo a ordem de andares --de cima para baixo.
Interdição
O comandante da Defesa Civil municipal, coronel Jair Paca de Lima, afirmou que os dois prédios devem ficar interditados por ao menos seis dias. Durante o período, deverão ser realizadas obras de reforço na estrutura do prédio comercial.
Segundo o coronel, a distância entre os prédios chegou a 4 cm na manhã desta quinta. Ele afirma que o reforço será feito com estacas metálicas, que serão colocadas junto ao sistema hidráulico do prédio comercial.
O serviço deve ficar sob responsabilidade da construtora de uma obra vizinha, que, de acordo com o coronel, pode ter causado o problema. A causa, no entanto, será definida pela perícia. Apesar da interdição dos dois prédios, a obra do prédio vizinho, sob responsabilidade da construtora Gattaz, ocorre normalmente.
Arte/Folha Online | ||
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