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Bloco carnavalesco do Rio tem dez ritmistas surdos
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da Agência Brasil
Pela primeira vez, dez deficientes auditivos integram a bateria de um bloco carnavalesco do Rio de Janeiro. Eles fazem parte do Gargalhada, que sai domingo (14) pelas ruas de Vila Isabel, zona norte carioca. O bloco conta com a presença de um intérprete de libras (linguagem dos sinais) em todas as suas apresentações, desde 2007.
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A ideia de incluir os surdos na bateria partiu do filho deficiente auditivo da presidente da agremiação, Yolanda Braconnot. Ele desfila no bloco desde a sua criação, em 2005, como "madrinha gargalhete", travestido na drag queen. Kitana McNew.
Para aumentar a participação de deficientes no bloco, Yolanda entrou em contato com o Instituto Nacional de Ensino dos Surdos (Ines). Atualmente, entre os 30 ritmistas do Gargalhada há dez surdos. "Tudo o que fazemos tem o objetivo de incluir os deficientes auditivos", disse presidente do Gargalhada.
O samba do bloco tem como tema a arruda --erva conhecida popularmente como amuleto para espantar o mau olhado. O samba faz menção a Geisy Arruda, estudante universitária que em 2009 quase foi expulsa da Uniban por ter usado um vestido curto em sala de aula, e ao governador José Roberto Arruda, preso quinta-feira (11) pela Polícia Federal, acusado de participação em esquema de corrupção.
"O nosso samba fala sobre isso, sempre deixando uma mensagem otimista. Nosso refrão fala que queremos um Brasil mais limpo, porque a Copa do Mundo e as Olimpíadas vêm aí. E vamos limpar [o Brasil] com arruda", afirmou Yolanda.
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