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20/02/2003
-
21h18
da Folha de S.Paulo, em São José dos Campos
O revólver calibre 38 usado pelo estudante A.L.F.,14, para assassinar seu colega de classe Wagner César Carvalho de Oliveira,14, na última terça-feira, dentro da escola estadual Professor Joaquim Ferreira Pedro, em Lorena (188 km a nordeste de São Paulo), pertence a um outro adolescente que não era aluno da escola.
Segundo o delegado seccional de Guaratinguetá, Célio José da Silva, o menor que atirou em Wagner confessou, em depoimento prestado à Polícia Civil de Lorena, que pegou emprestado o revólver de um outro adolescente da cidade.
A. disse ainda, segundo o delegado seccional, que, depois de matar Wagner, devolveu o revólver ao suposto dono. O nome do adolescente, que ainda não foi localizado, não foi divulgado.
De acordo com Silva, no entanto, o garoto dono da arma tem passagem pela polícia por envolvimento com drogas. "As investigações estão sendo conduzidas para que possamos descobrir como um revólver foi parar na mão de adolescentes."
O assassinato ocorreu no corredor da escola, durante o intervalo. Antes, entre a primeira e a segunda aula, quando ocorria uma troca de professores, A. e Wagner discutiram por causa de um pedaço de borracha atirado durante uma discussão.
Segundo a polícia, os dois já se conheciam e não tinham bom relacionamento.
Depois da briga, A. deixou a escola, após pular o muro, e voltou com a arma. Ao encontrar A. no corredor deu um tiro no rosto dele e saiu novamente da escola para devolver a arma ao adolescente que a havia emprestado.
A. passou hoje por exame de corpo de delito à pedido da Promotoria da Infância e da Juventude de Lorena.
Segundo um policial civil ouvido pela Folha, o exame foi feito para verificar se ele foi ou não agredido por Wagner durante discussão que originou o assassinato. O resultado deve ser divulgado na próxima semana.
Desde ontem, quando se apresentou à polícia e confessou o crime, A. está sendo mantido em uma cela do 2º Distrito Policial de Lorena. Segundo o delegado Hugo Parreiras de Macedo, dois policiais civis fazem a segurança da cela onde o adolescente está sendo mantido.
Segurança
Embora a morte de Wagner tenha causado revolta aos moradores de Lorena, que tentaram, depois do enterro, depredar a escola onde ele estudava, a segurança onde o acusado do crime está sob custódia não foi reforçada.
"Não há necessidade de reforçar a segurança. O garoto é calmo e quase não fala com os policiais", disse Macedo.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, os menores infratores podem ficar por até cinco dias custodiados em distritos policiais. Depois desse período, deve ser encaminhado a uma unidade de recuperação de menores infratores.
De acordo com a Polícia Civil, A. deve ser conduzido dentro do prazo legal para uma unidade da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
A assessoria de imprensa da Febem disse à Folha que não sabe para qual unidade A. deve ser levado. De acordo com a Febem, a decisão só será tomada depois que o adolescente for apresentado à instituição.
Após o assassinato de Wagner, a direção da escola onde ele foi morto pediu reforço da segurança à Polícia Militar de Lorena.
Adolescente usou arma emprestada para assassinar colega em Lorena
MARIA TERESA MORAESda Folha de S.Paulo, em São José dos Campos
O revólver calibre 38 usado pelo estudante A.L.F.,14, para assassinar seu colega de classe Wagner César Carvalho de Oliveira,14, na última terça-feira, dentro da escola estadual Professor Joaquim Ferreira Pedro, em Lorena (188 km a nordeste de São Paulo), pertence a um outro adolescente que não era aluno da escola.
Segundo o delegado seccional de Guaratinguetá, Célio José da Silva, o menor que atirou em Wagner confessou, em depoimento prestado à Polícia Civil de Lorena, que pegou emprestado o revólver de um outro adolescente da cidade.
A. disse ainda, segundo o delegado seccional, que, depois de matar Wagner, devolveu o revólver ao suposto dono. O nome do adolescente, que ainda não foi localizado, não foi divulgado.
De acordo com Silva, no entanto, o garoto dono da arma tem passagem pela polícia por envolvimento com drogas. "As investigações estão sendo conduzidas para que possamos descobrir como um revólver foi parar na mão de adolescentes."
O assassinato ocorreu no corredor da escola, durante o intervalo. Antes, entre a primeira e a segunda aula, quando ocorria uma troca de professores, A. e Wagner discutiram por causa de um pedaço de borracha atirado durante uma discussão.
Segundo a polícia, os dois já se conheciam e não tinham bom relacionamento.
Depois da briga, A. deixou a escola, após pular o muro, e voltou com a arma. Ao encontrar A. no corredor deu um tiro no rosto dele e saiu novamente da escola para devolver a arma ao adolescente que a havia emprestado.
A. passou hoje por exame de corpo de delito à pedido da Promotoria da Infância e da Juventude de Lorena.
Segundo um policial civil ouvido pela Folha, o exame foi feito para verificar se ele foi ou não agredido por Wagner durante discussão que originou o assassinato. O resultado deve ser divulgado na próxima semana.
Desde ontem, quando se apresentou à polícia e confessou o crime, A. está sendo mantido em uma cela do 2º Distrito Policial de Lorena. Segundo o delegado Hugo Parreiras de Macedo, dois policiais civis fazem a segurança da cela onde o adolescente está sendo mantido.
Segurança
Embora a morte de Wagner tenha causado revolta aos moradores de Lorena, que tentaram, depois do enterro, depredar a escola onde ele estudava, a segurança onde o acusado do crime está sob custódia não foi reforçada.
"Não há necessidade de reforçar a segurança. O garoto é calmo e quase não fala com os policiais", disse Macedo.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, os menores infratores podem ficar por até cinco dias custodiados em distritos policiais. Depois desse período, deve ser encaminhado a uma unidade de recuperação de menores infratores.
De acordo com a Polícia Civil, A. deve ser conduzido dentro do prazo legal para uma unidade da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
A assessoria de imprensa da Febem disse à Folha que não sabe para qual unidade A. deve ser levado. De acordo com a Febem, a decisão só será tomada depois que o adolescente for apresentado à instituição.
Após o assassinato de Wagner, a direção da escola onde ele foi morto pediu reforço da segurança à Polícia Militar de Lorena.
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