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22/02/2003
-
03h48
Crianças como as três filhas de um executivo paulistano, libertadas anteontem à noite, representam 4% das vítimas de sequestro na Grande São Paulo.
Segundo a DAS (Divisão Anti-Sequestro), 14 meninos e meninas de até 11 anos viraram reféns no ano passado. No total, foram 350 vítimas. Em 2001, 26 crianças (8% do total) foram sequestradas.
As três irmãs -de quatro, oito e dez anos- foram capturadas no último dia 12, no Morumbi (zona oeste da capital paulista), no primeiro sequestro de 2003 envolvendo crianças em São Paulo.
As meninas passaram dez dias com os sequestradores, em uma casa ainda não localizada pela polícia, e foram soltas horas depois de a família pagar o resgate exigido -cerca de R$ 45 mil.
Segundo o delegado Godofredo Bittencourt, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), a quadrilha não é especializada em sequestro. ""Passaram a impressão de que trombaram com as vítimas na rua e as levaram para o cativeiro."
Dois homens foram presos. Um, durante a investigação e o outro, um taxista, depois da libertação das meninas. O taxista teria participado da captura das meninas. Os nomes não foram divulgados para não prejudicar as investigações. A quadrilha teria seis integrantes, segundo a polícia.
Escutas telefônicas apontaram uma suposta ligação do grupo que capturou as meninas com outros sequestradores mais antigos e conhecidos da polícia.
As três irmãs foram sequestradas quando eram levadas de carro para a escola, acompanhadas da babá e do motorista, por volta das 6h30. Os cinco foram levados no próprio carro pelo grupo. Uma hora depois, a babá e o motorista foram libertados.
As três meninas e o cachorro poodle delas foram levados para um cativeiro, que pode ficar na região de Sorocaba (100 km de SP).
No primeiro contato telefônico, os sequestradores teriam pedido cerca de R$ 4 milhões. Depois, foram reduzindo os valores.
Segundo a polícia, as irmãs não foram agredidas e receberam alimentação. As três foram libertadas no km 18 da estrada de Itapecerica da Serra, por homens que dirigiam uma Brasília. Pelo menos dois motoqueiros escoltavam o veículo, de acordo com depoimento de testemunhas.
Ontem, a polícia informou ter pistas dos sequestradores, que podem estar envolvidos em outro caso na capital paulista.
Segundo Wagner Giudice, diretor da DAS, o inusitado do caso está na abordagem dos sequestradores. "Nos casos anteriores, eles levavam um dos pais para o cativeiro. Às vezes, libertavam a mãe para providenciar o valor do resgate. Capturar só as crianças deve ser a primeira vez", disse.
Crianças são 4% das vítimas de sequestro na Grande São Paulo
da Folha de S.PauloCrianças como as três filhas de um executivo paulistano, libertadas anteontem à noite, representam 4% das vítimas de sequestro na Grande São Paulo.
Segundo a DAS (Divisão Anti-Sequestro), 14 meninos e meninas de até 11 anos viraram reféns no ano passado. No total, foram 350 vítimas. Em 2001, 26 crianças (8% do total) foram sequestradas.
As três irmãs -de quatro, oito e dez anos- foram capturadas no último dia 12, no Morumbi (zona oeste da capital paulista), no primeiro sequestro de 2003 envolvendo crianças em São Paulo.
As meninas passaram dez dias com os sequestradores, em uma casa ainda não localizada pela polícia, e foram soltas horas depois de a família pagar o resgate exigido -cerca de R$ 45 mil.
Segundo o delegado Godofredo Bittencourt, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), a quadrilha não é especializada em sequestro. ""Passaram a impressão de que trombaram com as vítimas na rua e as levaram para o cativeiro."
Dois homens foram presos. Um, durante a investigação e o outro, um taxista, depois da libertação das meninas. O taxista teria participado da captura das meninas. Os nomes não foram divulgados para não prejudicar as investigações. A quadrilha teria seis integrantes, segundo a polícia.
Escutas telefônicas apontaram uma suposta ligação do grupo que capturou as meninas com outros sequestradores mais antigos e conhecidos da polícia.
As três irmãs foram sequestradas quando eram levadas de carro para a escola, acompanhadas da babá e do motorista, por volta das 6h30. Os cinco foram levados no próprio carro pelo grupo. Uma hora depois, a babá e o motorista foram libertados.
As três meninas e o cachorro poodle delas foram levados para um cativeiro, que pode ficar na região de Sorocaba (100 km de SP).
No primeiro contato telefônico, os sequestradores teriam pedido cerca de R$ 4 milhões. Depois, foram reduzindo os valores.
Segundo a polícia, as irmãs não foram agredidas e receberam alimentação. As três foram libertadas no km 18 da estrada de Itapecerica da Serra, por homens que dirigiam uma Brasília. Pelo menos dois motoqueiros escoltavam o veículo, de acordo com depoimento de testemunhas.
Ontem, a polícia informou ter pistas dos sequestradores, que podem estar envolvidos em outro caso na capital paulista.
Segundo Wagner Giudice, diretor da DAS, o inusitado do caso está na abordagem dos sequestradores. "Nos casos anteriores, eles levavam um dos pais para o cativeiro. Às vezes, libertavam a mãe para providenciar o valor do resgate. Capturar só as crianças deve ser a primeira vez", disse.
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