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08/08/2000 - 20h12

MP de Alagoas vai apurar casos de aumento do número de mortos pelas chuvas

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da Agência Folha

O Ministério Público de Alagoas vai investigar os casos de prefeitos que aumentaram os números de mortes em razão das chuvas e aqueles que teriam superfaturado pedidos de recursos federais para a reconstrução das cidades.

As denúncias de utilização eleitoral dos donativos enviados para os 90 mil desabrigados no Estado também serão investigadas. "No caso em que ficar caracterizado crime, vamos determinar a investigação pelo Ministério Público", afirmou o presidente da Comissão de Defesa Civil de Alagoas, coronel Antonio Almeida.

"Só a promotoria pode dizer se houve ação criminosa nesses casos. Por isso, estamos encaminhando as denúncias para serem investigadas", afirmou a secretária de Articulação Política do Estado, Fátima Borges.

As prefeituras de Matriz de Camaragibe e de São Luís do Quitunde aumentaram, respectivamente, em dez e cinco mortes que teriam ocorrido em seus municípios.

Com isso, o número de mortos em consequência das chuvas no Estado, que chegou a ser de 37, foi oficializado em 22. Os prefeitos alegaram que consideraram mortos pessoas que estavam desaparecidas.

As denúncias da participação de prefeitos candidatos à reeleição na entrega de alimentos e remédios aos desabrigados crescem a cada dia. Já são sete prefeitos denunciados por exploração eleitoral da calamidade.

As denúncias de irregularidades provocou o atraso na conclusão do levantamento dos prejuízos causados pelas chuvas no Estado.

Dívida

A comissão do Senado criada para avaliar os danos provocados pelas chuvas em Pernambuco e Alagoas vai propor amanhã ao presidente Fernando Henrique Cardoso a suspensão do pagamento da dívida dos dois Estados com a União.

A moratória temporária seria suspensa quando cada um dos Estados deixassem de pagar valor igual ao dos prejuízos provocados pelas chuvas.

Essa é uma fórmula que dobraria os investimento nos dois Estados, já que FHC deve editar na quinta-feira uma Medida Provisória destinando recursos para a construção dos 72 municípios atingidos pelas chuvas nos dois Estados.

As dívidas de Pernambuco e Alagoas representam cerca de 2% da dívida interna do país e são, cada uma, de R$ 3 bilhões.

"A suspensão do pagamento da dívida é uma forma do governo ajudar os Estados a se recuperar da tragédia e de garantir uma vida mais digna aos flagelados", afirmou o senadora Heloísa Helena (PT-AL), que integra a comissão.

Chuvas

Fortes chuvas voltaram a atingir Alagoas hoje. A Comissão de Defesa Civil do Estado ficou em "alerta".

Como chovia também em Pernambuco, as autoridades estavam preocupadas com a cidades banhadas pelo Rio Mundaú e que foram bastante castigadas na semana passada em decorrência da cheia.

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