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25/02/2003 - 09h18

Família de fazendeiro é dona de usina no interior de SP

da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

Alexandre Titoto, acusado de matar um funcionário do Banco Nacional de Paris em Ribeirão Preto (314 km de SP), integra a família proprietária da usina Ipiranga e de várias fazendas espalhadas pela região e por outras cidades do interior.

A família comprou a Ipiranga, que tem sede em Descalvado e uma filial em Mococa, em 1988. Alguns anos depois, a usina formalizou um convênio com a Copersucar (Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo).

Titoto saiu da sociedade da Ipiranga no ano passado, segundo Ronaldo Astolfo, ex-contador da usina. Hoje, de acordo com o comerciante Rubens Titoto _seu primo_, ele controla apenas duas fazendas na região e é fornecedor de cana para a família.

Ainda segundo o primo, as fazendas são em Serrana e têm cerca de 200 alqueires cada uma. Lá, a plantação de cana-de-açúcar predomina, segundo Rubens.

Titoto é descrito como uma pessoa calma. "Não seria capaz de matar uma mosca", afirmou Rubens. "Acho essa acusação meio absurda", disse.

A família tem ascendência italiana. Os avós do fazendeiro vieram da Itália para o Brasil no início do século 20 para trabalhar nas lavouras de café da região.

O fazendeiro é filho de Mário Titoto e Lídia Biagi Titoto, ambos falecidos na década de 70. O casal deixou dez filhos _seis homens e quatro mulheres. Nove deles estão na região. Segundo a aposentada Sílvia Titoto Bodnar, 80, tia do suspeito, todos os seus sobrinhos homens são fazendeiros. "Acho que a relação com a terra está no sangue", afirmou.

Parentes mais próximos do fazendeiro evitam comentar o suposto crime cometido por Alexandre. "Ainda é muito cedo para comentar qualquer coisa", disse sua irmã Beatriz Titoto, que mora em Ribeirão. Mas o tio do suspeito Pedro Titoto, morador em Serrana, disse que a família está muito abalada. "Ninguém esperava por isso. Pegou todo mundo de surpresa", afirmou.

Sua tia chegou ontem à tarde do litoral do Estado e disse que "tomou um choque" quando soube da notícia. "Fiquei arrasada, mas não acredito que ele tenha feito isso", afirmou.

Bodnar disse que "tem muito carinho" por Alexandre, mas ultimamente não tem tido muito contato com o sobrinho. "Estou com idade avançada, quase não saio de casa. E meus sobrinhos estão sempre atarefados, não têm muito tempo para virem aqui."
 

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