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26/02/2003 - 00h43

Escolas de samba de SP realizam ato contra violência nesta quarta

LÍVIA MARRA
da Folha Online

Duas escolas de samba de São Paulo participam nesta quarta-feira de um ato contra a violência no Sambódromo do Anhembi. O Grêmio Recreativo Escola de Samba Gaviões da Fiel (Grupo Especial) e o Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Mancha Verde (Grupo de Acesso) estarão unidos em um ato "em favor da paz".

O evento é promovido pela Liga Independentes das Escolas de Samba e pelo Anhembi e ocorrerá no sambódromo, a partir das 15h.

"Integrantes das duas entidades promoverão uma demonstração de união e harmonia além de uma bela evolução, itens do verdadeiro Carnaval", diz a Liga.

Na noite de sábado, durante desfiles dos blocos filiados a Uesp (União das Escolas de Samba Paulistanas), integrantes do bloco Independente _composto por torcedores do São Paulo_ atacaram integrantes do bloco Pavilhão 9 _formado por torcedores do Corinthians_, na concentração do sambódromo.

Ruy Luciano Nogueira, 25, que preparava um carro alegórico do Pavilhão 9, foi assassinado com um tiro na cabeça.

Após os desfiles, integrantes da Independente seguiram até a escola Mancha Alviverde _ formada por palmeirenses_, onde ocorria uma festa. Em novo confronto, morreram o palmeirense Mauro Roberto Costa, 24, e Dhiógenes Ventura, 20, torcedor do São Paulo.

O ex-presidente do conselho deliberativo da torcida Tricolor Independente Carlos André Amorosino Júnior, 28, o Sukita, foi preso acusado da morte do palmeirense. Ele foi indiciado, neste terça-feira, pela morte do corintiano.

Segurança

Os confrontos ocorridos no último final de semana envolveram integrantes de blocos filiados a Uesp (União das Escolas de Samba Paulistanas).

A entidade decidiu nesta segunda-feira eliminar o bloco Independente do Carnaval de São Paulo. Segundo a presidente da Uesp, Edleia dos Santos, o regulamento de blocos prevê a eliminação do Carnaval e a desfiliação da entidade do grupo que tiver comportamento inadequado ou praticar agressão moral ou física.

O esquema de segurança do Carnaval de bairro _promovido em seis regiões da cidade pela Uesp_ deverá ser discutido nesta quarta-feira durante reunião entre representantes da entidade e a Polícia Militar.

Grupo Especial

Os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo, que ocorrem sexta-feira e sábado, serão marcados pelo reforço do policiamento no sambódromo.

O esquema foi reavaliado após os confrontos do final de semana.

O efetivo de segurança para os desfiles do Grupo Especial _com escolas filiadas à Liga Independente das Escolas de Samba_ será ampliado de 1.500 homens para 2.825, sendo 1.200 policiais militares (incluindo policiais do grupo de elite e tropa de choque), 450 guardas municipais, 30 investigadores da Deatur (Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista), 200 seguranças contratados pelo Anhembi e 945 seguranças contratados pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo.

Além disso, ficou definido que o esquema contará com revista seletiva de ônibus que transportam os sambistas (pela polícia), fiscalização dos carnavalescos ainda nas escolas de samba (pela própria Liga), filmagem dos sambistas na concentração e a presença de seguranças à paisana.


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