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27/02/2003
-
18h43
O policial militar Marcos Vinícius Borges Emmanuel foi condenado a 300 anos de prisão em regime fechado pela morte de seis menores de rua e pela tentativa de matar outros seis na madrugada de 23 de julho de 1993, no crime que ficou conhecido como Chacina da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.
A decisão unânime do júri popular foi lida hoje pelo juiz Luiz Noronha Dantas, do 2° Tribunal do Júri, que também determinou a perda da função pública do acusado.
Este foi o terceiro julgamento de Emmanuel. Desta vez, ele foi condenado a 20 anos por cada tentativa e à pena máxima (30 anos) por cada homicídio consumado.
O Ministério Público denunciou Marcos Vinícius Borges Emmanuel, Marcelo Ferreira Cortes, Jurandir Gomes de França e Cláudio Luiz Andrade dos Santos pelas mortes de Paulo José da Silva, Marco Antonio da Silva, o Come-Gato, Anderson de Oliveira Pereira, o Careca, Paulo Roberto de Oliveira, o Pimpolho, Leandro Santos da Conceição, o Magrinho, e Marcelo Candido de Jesus, o Caolhinha.
Eles foram acusados também de tentar matar Marcelo Gomes da Silva Bento, Rogério da Silva, Sérgio Dias Gomes, Wagner dos Santos e dois menores conhecidos como Jacaré e Barão.
Segundo a denúncia, os crimes aconteceram quase simultaneamente nas imediações do Museu de Arte Moderna e na Praça Pio X, na Candelária. Para o Ministério Público, o motivo foi vingança já que na tarde anterior algumas das vítimas teriam reagido à prisão de duas delas, arremessando pedras contra os policiais.
França, Santos e Cortes foram absolvidos em dezembro de 1996. Emmanuel, no primeiro julgamento, em abril daquele mesmo ano, confessou a participação nos crimes e foi condenado a 309 anos.
Por ter recebido uma pena superior a 20 anos, ele foi levado a novo júri popular dois meses depois, quando teve a pena reduzida para 89 anos. Recurso do MP, acolhido pela 1ª Câmara do TJ, determinou a realização do terceiro julgamento.
Em seu depoimento, na manhã de ontem, Emmanuel disse que não teve a intenção de matar ninguém, que o objetivo era apenas dar uma surra nos menores, mas que a situação fugiu ao controle de todos depois de um disparo acidental da arma de Cortes. O tiro foi dado dentro do carro e atingiu Wagner dos Santos, que sobreviveu e se tornou a principal testemunha do caso.
Ex-policial militar pega 300 anos por chacina da Candelária (RJ)
da Folha OnlineO policial militar Marcos Vinícius Borges Emmanuel foi condenado a 300 anos de prisão em regime fechado pela morte de seis menores de rua e pela tentativa de matar outros seis na madrugada de 23 de julho de 1993, no crime que ficou conhecido como Chacina da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.
A decisão unânime do júri popular foi lida hoje pelo juiz Luiz Noronha Dantas, do 2° Tribunal do Júri, que também determinou a perda da função pública do acusado.
Este foi o terceiro julgamento de Emmanuel. Desta vez, ele foi condenado a 20 anos por cada tentativa e à pena máxima (30 anos) por cada homicídio consumado.
O Ministério Público denunciou Marcos Vinícius Borges Emmanuel, Marcelo Ferreira Cortes, Jurandir Gomes de França e Cláudio Luiz Andrade dos Santos pelas mortes de Paulo José da Silva, Marco Antonio da Silva, o Come-Gato, Anderson de Oliveira Pereira, o Careca, Paulo Roberto de Oliveira, o Pimpolho, Leandro Santos da Conceição, o Magrinho, e Marcelo Candido de Jesus, o Caolhinha.
Eles foram acusados também de tentar matar Marcelo Gomes da Silva Bento, Rogério da Silva, Sérgio Dias Gomes, Wagner dos Santos e dois menores conhecidos como Jacaré e Barão.
Segundo a denúncia, os crimes aconteceram quase simultaneamente nas imediações do Museu de Arte Moderna e na Praça Pio X, na Candelária. Para o Ministério Público, o motivo foi vingança já que na tarde anterior algumas das vítimas teriam reagido à prisão de duas delas, arremessando pedras contra os policiais.
França, Santos e Cortes foram absolvidos em dezembro de 1996. Emmanuel, no primeiro julgamento, em abril daquele mesmo ano, confessou a participação nos crimes e foi condenado a 309 anos.
Por ter recebido uma pena superior a 20 anos, ele foi levado a novo júri popular dois meses depois, quando teve a pena reduzida para 89 anos. Recurso do MP, acolhido pela 1ª Câmara do TJ, determinou a realização do terceiro julgamento.
Em seu depoimento, na manhã de ontem, Emmanuel disse que não teve a intenção de matar ninguém, que o objetivo era apenas dar uma surra nos menores, mas que a situação fugiu ao controle de todos depois de um disparo acidental da arma de Cortes. O tiro foi dado dentro do carro e atingiu Wagner dos Santos, que sobreviveu e se tornou a principal testemunha do caso.
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