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09/08/2000 - 10h59

Funcionários da Febem fazem greve depois que monitor é espancado por menores

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LARISSA SQUEFF
da Folha Online

Cerca de 90 funcionários que trabalham na unidade conhecida como Francão, na Febem (Fundação do Bem Estar do Menor) de Franco da Rocha, região Metropolitana de São Paulo, estão em greve desde às 7h desta quarta-feira (9), protestando em frente à unidade. Eles querem que a Febem contrate novos funcionários e dê melhores condições de segurança para os trabalhadores.

Ontem à tarde, o monitor Rômulo Barbosa Gonçalves, que estava no seu primeiro dia de trabalho na fundação, foi espancado por cerca de 60 internos e teve traumatismo craniano e várias fraturas no corpo. Gonçalves está internado no Hospital Santa Cecília, na região central.

O presidente do Sintraemfa (sindicato dos trabalhadores da Febem), Gilberto da Silva, disse que o monitor havia sido contratado pela Febem há 15 dias. "Os internos estavam dentro da ala e e chamaram o funcionário. Assim que ele se aproximou, eles bateram a cabeça do monitor contra as grades, roubaram as chaves dele e saíram tranquilamente da ala. Do lado de fora, ainda deram uma surra no monitor", disse.

Segundo Silva, havia mais seis monitores no local na hora do espancamento, mas eles não puderam fazer nada porque havia pelo menos 50 internos agredindo o monitor. Silva afirmou ainda que 70% dos internos que estão no Francão são maiores de 18 anos e vários deles foram transferidos do COC (Centro de Observação Criminológica) no Carandiru, na zona norte de São Paulo.

O presidente do Sintraemfa afirmou que seria preciso no mínimo 12 funcionários por ala, que tem em média 60 internos. "Estamos trabalhando com seis funcionários por ala, quando muito. É impossível continuar deste jeito", disse.

No momento, todos os internos de Francão estão sendo mantidos dentro das celas da unidade. Há dois funcionários em cada ala apenas para evitar maiores confusões.

Segundo Silva, os funcionários não voltarão ao trabalho até que a presidência da Febem tome alguma providência para aumentar a segurança dos trabalhadores. Eles querem que mais funcionários sejam contratado.

A asssessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social ainda não se manifestou sobre o assunto.

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