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04/03/2003 - 07h03

Equilíbrio entre as "grandes" marca segundo dia do Carnaval no Rio

da Folha Online

O samba forte da Mocidade, a criatividade e tradição da Mangueira, a exuberância da Beija-Flor, o desfile impecável da Imperatriz Leopoldinense. A segunda e última madrugada de desfile do Grupo Especial fechou o Carnaval do Rio de Janeiro com a marca do equilíbrio.

Das sete escolas que passaram pela Marquês de Sapucaí, todas repletas de estrelas de TV, apenas Unidos da Tijuca _que teve uma série de problemas na avenida_ e Porto da Pedra não levantaram o público no sambódromo fluminense. A Tradição, que abriu o desfile hoje, foi regular.

Nenhuma das agremiações estourou o tempo delimitado de 80 minutos de desfile. A única que poderá sofrer penalização é a Unidos da Tijuca, que teve um dos carros quebrado e impedido de entrar no sambódromo.

No primeiro dia, os destaques foram a Viradouro e a Portela, que reverenciaram a cultura nacional. A primeira homenageou a estrela do teatro Bibi Ferreira, e a segunda cantou a Cinelândia. A Acadêmicos do Salgueiro também foi muito aplaudida, mas perderá oito décimos de ponto por ter excedido em quatro minutos o prazo. A campeã será conhecida na quarta-feira.

Violência

A onda de violência que assola o Rio deixou mais vítimas nesta madrugada. Segundo balanço preliminar da Polícia Militar, nos dois dias, pelo menos oito pessoas morreram _sendo dois policiais_, e 19 foram baleadas. A favela da Rocinha, zona sul, foi ocupada pela polícia. A PM também informou que novamente houve arrastão nas proximidades do sambódromo, mas ninguém foi preso ou ferido.

A pedido da governadora Rosinha Garotinho (PSB), o governo federal enviou o Exército para atuar na segurança do Rio. Desde sábado, quando começou a "Operação Guanabara", não houve registro de protestos do tráfico de drogas.

Mocidade

Em busca do sexto campeonato _não vence há quatro anos_, a Mocidade apostou em um enredo que defendeu a doação de órgãos, do carnavalesco Chico Spinosa. Até os empurradores de carros aderiram ao tema, fantasiados de enfermeiros.

As atrações da escola, que levou 4.000 componentes à avenida, foram os acrobatas da comissão de frente, que desfilaram em arcos alemães, réplicas dos utilizados na Olimpíada de Munique (1976). Um dos carros trouxe aquários gigantes, com mergulhadores.

O destaque foi a apresentadora Ana Maria Braga, no carro abre-alas. A modelo Viviane Araújo foi a madrinha da bateria.

Mangueira

Bruno Domingos/Reuters

Destaque da Mangueira

Atual campeã do Carnaval do Rio, a Mangueira cantou a paz a partir da história de Moisés, pela primeira fez sem Dona Zica, morta no início do ano. A comissão de frente da agremiação homenageou a fundadora da escola com uma faixa com os dizeres: "Tia Zica, você está aqui".

Entre os destaques da escola verde e rosa estavam as cantoras Beth Carvalho e Rosemay, os cantores Zeca Pagodinho e Alexandre Pires, e o jogador de futebol Júnior. O ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, desfilou em uma das alas da agremiação.

O carro abre-alas da Mangueira, de 87 metros, também foi uma das atrações. Desfilaram sobre ele 80 componentes, entre eles o próprio carnavalesco Carlinhos de Jesus, que "levitou" com efeitos de pirotecnia.

Beija-Flor

Tuca Vieira/F.Imagem

Destaque da Beija-Flor

Terceira escola a desfilar, a vice-campeã do ano passado animou o público fluminense. Para evitar uma polêmica com a Arquidiocese do Rio e uma possível desclassificação _por desrespeitar símbolos religiosos_, a escola mudou a representação do duelo entre Jesus Cristo e o diabo.

Originalmente, o ator que representaria Jesus estaria armado com um revólver. Mas a agremiação de Nilópolis preferiu desarmá-lo para evitar confusão. Em vez de uma troca de tiros, Jesus não revidou e pediu paz.

A Beija-Flor também homenageou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com um enorme boneco, que acabou perdendo dois dedos durante o desfile.

A principal novidade da Beija-Flor foi a menina Raíssa, de 12 anos, como madrinha da bateria. Entre os destaques figuraram o ator Edson Celulari e os ex-big brothers Viviane e Jean.

Imperatriz

A Imperatriz tentou neste ano calar os críticos que a rotularam de escola que agrada ao júri, mas não empolga o público. As inovações ficaram por conta de luzes, brilho e colorido das alegorias e fantasias.

Já sob a luz da manhã, a agremiação oito vezes campeã cantou a história de piratas e criticou a pirataria de produtos nos dias de hoje. Os destaques foram a modelo Luiz Brunet, como rainha da bateria, e a comissão de frente com uma coreografia impecável.

Demais escolas

A Unidos da Tijuca foi a escola que teve mais problemas na avenida neste ano. Primeiro, a atriz Neuza Borges, da Rede Globo, que era um dos destaques, caiu do carro, bateu a cabeça no chão e precisou ser levada ao hospital. Depois, um dos seus carros quebrou e não entrou no sambódromo atrapalhando a evolução.

Sob chuva, a Tradição abriu o desfile homenageando o atacante Ronaldo, do Real Madrid (Espanha), que no entanto não veio à Sapucaí. Ele foi representado pela mãe, Sônia Nazário, no carro abre-alas.

A Porto da Pedra apostou num enredo que falava do cotidiano das vias públicas do Rio, dos tempos do Brasil Colônia até os dias atuais. O destaque foi a cantora Fernanda Abreu fantasiada de gari.


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