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04/03/2003 - 20h36

Homem da Meia Noite fica fora do desfile dos bonecos gigantes

FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Olinda

O Homem da Meia-Noite foi o grande ausente hoje no desfile dos bonecos gigantes de Olinda (PE), os mais tradicionais personagens do Carnaval da cidade.

Criado em 1932 pelos irmãos Benedito e Sebastião da Silva, o "Homem", com seu fraque verde e cartola preta, foi o primeiro gigante a desfilar em Olinda.
O personagem sempre ocupou lugar de destaque na folia. Neste ano, porém, ele não desfilou para que as atenções dos foliões se voltassem para os outros bonecos.

"A presença dele tira um pouco o brilho dos demais", afirmou o artista plástico Silvo Botelho, criador de cerca de 300 gigantes. "Decidimos, por isso, poupá-lo na festa de hoje ."

Com a ausência do Homem da Meia-Noite, dois bonecos estreantes na folia foram escalados por Botelho para abrir o desfile: o que representa a drag queen Gilka Brechó, famosa no eixo Recife-Olinda, e o da cantora de ciranda Lia de Itamaracá.

Cem bonecos _32 deles "calouros"_ participaram do evento, que começou com meia hora de antecedência, às 10h30, para evitar que permanecessem muito tempo na chuva.

A água e a alteração na programação não tiraram o brilho do desfile nem desanimaram os foliões. A passagem do bloco, embalado por 120 músicos divididos em quatro orquestras de frevo, foi saudada no centro histórico durante os 2,5 quilômetros de percurso, do largo do Guadalupe até a praça da prefeitura.

Os "chapeados", homens contratados para transportar os bonecos nos ombros, retribuíam os aplausos com malabarismos, danças e reverências.

Feitos de fibra de vidro e papel, com estrutura metálica interna, os gigantes pesam cerca de 13 kg e medem 3,40 metros de altura. Os mais antigos, como o Homem da Meia-Noite, pesam 48 kg.

Os bonecos gigantes surgiram na Europa, na Idade Média, como símbolos de religiosidade. Acompanhavam procissões e cortejos populares.

Trazidos para o Brasil pelos espanhóis, apareceram em Pernambuco pela primeira vez em 1919, na cidade de Belém do São Francisco, sertão do Estado. O pioneiro foi batizado de "Zé Pereira".


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