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05/03/2003 - 15h25

Secretário quer que Exército fique no Rio por tempo indeterminado

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio

O secretário da Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, defendeu que as Forças Armadas permaneçam por tempo indeterminado nas ruas do Rio. A governadora Rosinha Garotinho (PSB) havia pedido ao governo federal a presença das tropas por mais 30 dias.

Para o secretário, a presença das Forças Armadas propiciou uma maior sensação de segurança aos moradores. No entanto, números divulgados hoje pela secretaria mostram que os crimes aumentaram neste Carnaval em relação ao mesmo período do ano passado.

O número de homicídios dolosos aumentou 16,88%, num total de 90 casos, entre sábado e ontem.

"Defendo a permanência das Forças Armadas até mesmo por tempo ilimitado. A governadora pediu por 30 dias, mas acho que deve ir além", disse. Para ele, a presença das tropas federais libera a PM para outras ações.

Quintal é contra a idéia de que os soldados não são preparados para fazer ocupação de morros junto com a polícia. "As Forças Armadas, especialmente o Exército, têm a função de força de ocupação. Quando existe uma guerra, o Exército faz a ocupação territorial. Isso implica também no preparo para o trato com a comunidade civil", afirmou.

"O Exército não é uma força apenas com a finalidade de promover uma ação letal. Há um preconceito semântico com relação a essas questões. Há muita desinformação e eles são preparados, sim, para lidar com a população."

O Exército ocupou 25 regiões do Rio e a Marinha e a Aeronáutica, outros 25 locais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne hoje com os ministros José Viegas (Defesa), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e José Dirceu (Casa Civil), para discutir a permanência das tropas no Estado.

Inicialmente, o ministro da Defesa mostrou-se contra o envio do Exército, Marinha e Aeronáutica ao Rio, medida defendida pelo ministro da Justiça.
 

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