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14/03/2003 - 10h18

Promotoria de Campinas apura fuga de sequestrador

da Folha de S.Paulo, em Campinas

A Promotoria da Vara de Execuções Criminais de Campinas (95 km a noroeste de SP) abriu investigação para apurar um suposto esquema de facilitação na fuga do sequestrador Nivaldo Andrade de Góis, o Bóris, da Penitenciária 2 do complexo Campinas-Hortolândia.

O criminoso, que é integrante da quadrilha do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, foi resgatado do local na semana passada, com mais dez presidiários.

O promotor Hebert Teixeira Mendes informou que fará uma inspeção na P2 na próxima segunda-feira. Ele irá requerer depoimentos tomados de funcionários pela direção do presídio após o resgate e o histórico da movimentação do preso no sistema penitenciário. O documento deve mostrar as razões pelas quais Bóris deixou a penitenciária de Avaré para ficar em Hortolândia, cerca de um mês antes de fugir.

"A fuga ocorreu em um período muito curto, depois que ele foi transferido. É importante checar a movimentação e todos os documentos para ver se ele precisaria estar na P2", disse.

Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, Bóris foi transferido após a apresentação de um parecer médico, feito em Avaré, indicando que na P2 ele seria melhor tratado de uma lesão provocada por um tiro.

Interdição

A Cadeia de Casa Branca foi interditada ontem pela Justiça. O pedido de fechamento da unidade foi feito pelo Ministério Público Estadual na cidade.
A ordem para a interdição foi dada pelo juiz-corregedor Mário Sérgio Menezes.

Segundo a promotora Andrea Maria Bastos Junqueira, a situação era "calamitosa".

"Com as chuvas fortes dos últimos dias, os detentos começaram a ficar doentes. Não há condições de se viver naquele lugar", afirmou Junqueira.

A interdição ocorre na sequência de uma série de casos semelhantes ocorridos em outras cidades da região desde setembro do ano passado. Ao todo, outras quatros cadeias já foram fechadas por determinação da Justiça: em Mogi-Mirim, Amparo, Americana e Porto Ferreira.

"A realidade é que essas cadeias estão muito mal conservadas", afirmou o juiz. "Não há segurança nem higiene adequadas. As instalações são precárias e há risco de incêndios", afirmou.

A cadeia de Casa Branca tem capacidade para 28 detentos, mas abriga 95, segundo a Promotoria.

Nenhum representante da cadeia foi encontrado ontem pela Folha para comentar o assunto.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que vai recorrer da decisão judicial, porque a interdição da cadeia poderá agravar o problema da superlotação em outras cadeias da região.
 

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