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15/03/2003 - 15h02

Corpo de juiz já está no Tribunal de Justiça de São Paulo

da Folha Online

O corpo do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, 47, assassinado ontem em Presidente Prudente, chegou à sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, onde será velado.

Antes de vir para São Paulo, o corpo do juiz, morto com quatro tiros, foi velado em Presidente Prudente, na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Ao chegar ao Tribunal de Justiça, o caixão foi carregado pelo presidente do tribunal, José Augusto Nigro Conceição, e pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey.

O ministro da Justiça Marcio Thomas Bastos está na sede do tribunal para o velório.

A Polícia Militar armou um forte esquema de segurança. Para entrar no local, todas as pessoas têm de passar por um detector de metal.

O enterro está marcado para as 17h, no Cemitério São Paulo, que fica na rua Cardeal Arco Verde, no bairro de Pinheiros.

O juiz assassinado era responsável pelos presos da região de Presidente Prudente. Entre eles estão os principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ligado ao CV (Comando vermelho), detidos na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, cidade vizinha a Presidente Prudente.

Assassinato

Antonio José Machado Dias foi baleado por ocupantes de um Fiat Uno, que fecharam seu Vectra. Segundo a Polícia Civil, um dos criminosos desceu do carro e atirou quatro vezes contra o juiz. Teria utilizado uma pistola calibre 9mm. Ao menos dois tiros atingiram o juiz -na cabeça e no tórax. O carro de Dias bateu contra uma árvore.
O juiz teria tentado usar o celular ao perceber que seria atacado.

O Fiat usado pelos criminosos foi abandonado nas proximidades. De acordo com informações da delegacia da cidade, o veículo seria furtado.

Desde o ano passado, a polícia tem interceptado planos de atentados contra autoridades que atuaram contra o PCC em represália ao rígido sistema da penitenciária de Presidente Bernardes. Não há confirmação, porém, se Dias teria sido vítima de uma emboscada praticada por facções criminosas.

O juiz havia negado, recentemente, pedido de advogados de Beira-Mar, que queriam visitá-lo na penitenciária antes dos dez dias de isolamento obrigatório aos presos recém-chegados.

Até o momento, nenhum suspeito do crime foi detido. De acordo com informações da delegacia da cidade, moradores da região e pessoas que estavam próximas ao local do crime são ouvidas.
 

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