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17/03/2003 - 06h40

Policiais rastreiam ligações de celulares

BETE GÁSPERI
da Agência Folha, em Presidente Prudente
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo

A polícia rastreou as ligações feitas de telefone celular nas proximidades do fórum de Presidente Prudente (SP) no dia do assassinato do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47.

Segundo o promotor de Justiça local Gilson Amâncio, a polícia tem uma lista de ligações, mas ele não informou quantas nem se há alguma com suspeita de relação com o assassinato.

A lista já teria sido fornecida por empresas de telefonia e consegue identificar os números telefônicos. As torres instaladas perto da área possibilitam a identificação, segundo o promotor.

O objetivo é saber se os dois assassinos do juiz-corregedor usaram telefone celular antes ou depois do crime, ocorrido na última sexta-feira, e tentar chegar a eles por meio dos números.

O promotor disse ainda que alguns criminosos que pertencem a facções estão sendo ouvidos sobre o caso. Policiais estiveram ontem no CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes, onde está preso o traficante Luiz Fernando da Costa, Fernandinho Beira-Mar, além da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital). O promotor não informou quantos nem quais presos foram ouvidos.

Motorista encontrado

Para a Polícia Federal de Presidente Prudente, o número de suspeitos do assassinato não chega a dez pessoas. Eles seriam da região e de outras partes do Estado. Mas a delegada da PF Lúcia Machado Castralli não quis dar informações sobre os investigados.

Ontem, detalhes do roubo do Fiat Uno na cidade de São Paulo, no dia 4 de fevereiro, usado no assassinato do juiz, aumentaram a suspeita de policiais de que o crime pode ter sido planejado com muita antecedência.

O motorista do carro roubado foi ouvido ontem, em São Paulo. Ele disse que não conseguiria identificar os ladrões nem poderia confirmar se são os mesmos homens descritos em dois retratos falados feitos por testemunhas do assassinato do juiz.

Mas o motorista, que é funcionário de uma empresa de telefonia, revelou detalhes que deixaram os policiais intrigados. Segundo a polícia, ele teria dito que fazia serviços em uma rua de Perdizes (zona oeste de São Paulo) quando foi cercado por três homens, por volta das 9h.

Segundo ele, um dos homens saiu com o carro. Outros dois o colocaram em um segundo carro que circulou por cinco horas. Depois, o funcionário foi liberado.

No depoimento à polícia, ele informou que os ladrões disseram que só precisavam do carro para realizar uma ação criminosa, mas não informaram qual seria. Também teriam comentado que o carro seria abandonado depois.

Esse procedimento -fazer o motorista refém até que o carro possa ser usado a um lugar seguro para receber placas e documentação falsa- é comum entre quadrilhas de roubo de carga. A polícia ainda não sabe como o carro foi parar em Presidente Prudente, onde circulava com placa falsa.

Policiais do DHPP irão ao local do roubo do veículo para tentar localizar testemunhas que possam identificar os ladrões.
 

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