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17/03/2003 - 20h32

Polícia do PR apresenta suspeitos de matarem duas empresárias

da Agência Folha, em Curitiba

A Polícia Civil do Paraná apresentou hoje cinco acusados de pertencer a uma quadrilha de assaltantes que pode ter matado duas empresárias de Curitiba. Três dos cinco integrantes moravam em condomínio de alto padrão, no bairro de Santa Felicidade, e todos circulavam com carros caros.

O líder do grupo seria o paulista Douglas de Araújo, 24. Ele disse ter passado um ano e seis meses preso em Santo André, acusado de assalto. O Cope (Centro de Operações Especiais), da Polícia Civil do Paraná, ainda está levantando as fichas de Araújo e dos demais com a Polícia Civil de São Paulo.

Na operação, a polícia apreendeu sete carros _entre eles dois BMW, dois Ômega e um Classe A, da Mercedes-Benz_, e cinco motos, todas com potência acima de 500 cilindradas.

Quatro revólveres, farta munição, dinheiro em espécie, dezenas de cheques de terceiros, oito aparelhos celulares, três rádio-comunicadores e 15 capacetes de moto completam o material encontrado nas casas em que se deram as buscas.

Segundo o delegado Luiz Carlos de Oliveira, a Polícia Científica passa a comparar os exames de balística dos projéteis que mataram as empresárias Ana Valéria Klagenberg e Taciana Abila, com pistolas de calibres 40 e 380 apreendidas com o grupo.

As empresárias foram mortas por motoqueiros que atiraram contra elas no trânsito de Curitiba, depois de terem saído de bancos com somas elevadas de dinheiro. As balas que mataram Klagenberg, em 21 de fevereiro, saíram de um pistola 40, e as que mataram Abila, em 15 de janeiro, de uma pistola calibre 380.

O grupo foi desbaratado depois de um motoqueiro ter sido flagrado jogando documentos de uma das vítimas numa caçamba de lixo no centro de Curitiba. A testemunha anotou a placa da moto e avisou a polícia.

Todos os suspeitos teriam saído de São Paulo e se estabelecido em Curitiba há cerca de um ano. "É a migração do crime", afirmou o delegado Oliveira. Segundo ele, o grupo já atuou no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, mas se fixou no Paraná. Oliveira defende ações integradas das polícias estaduais para evitar que as gangues prosperem em outros centros.

O suposto líder aparece em 40 quadros de um vídeo do circuito interno de TV de uma agência do Banco do Brasil, gravado no dia em que houve um assalto a um cliente do banco.

Araújo negou hoje em entrevistas que lidere a quadrilha de motoqueiros assaltantes. Ele disse que quer ser negociante de carros usados.
 

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