Publicidade
Publicidade
23/03/2003
-
09h46
da Agência Folha
A atuação do crime organizado no Espírito Santo, de acordo com os integrantes da missão especial enviada ao Estado pelo Ministério da Justiça, se concentra nos crimes do colarinho branco, que envolvem o sistema financeiro nacional, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro.
A missão especial foi convocada em julho do ano passado para compensar o arquivamento do pedido de intervenção federal pelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro. O pedido foi feito pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) depois do assassinato, em abril, do advogado Marcelo Denadai.
A missão conseguiu a prisão preventiva do ex-presidente da Assembléia Legislativa José Carlos Gratz (sem partido) e a cassação de seu registro de candidatura. Ex-banqueiro do jogo do bicho, ele foi indiciado no relatório da CPI do Narcotráfico, da Câmara dos Deputados, como um dos líderes do crime organizado no Estado. Foi acusado de contravenção, corrupção no serviço público estadual, sonegação de impostos, malversação de dinheiro público e lavagem de dinheiro.
"Aqui o crime organizado está dentro do governo ou pelo menos protegido por setores muito influentes. Há uma atividade política que se presta a assegurar os objetivos do crime organizado", disse o presidente da seção capixaba da OAB, Agesandro Pereira.
A missão também prendeu preventivamente o empresário Carlos Guilherme Lima, que daria suporte financeiro ao crime.
As investigações se concentram agora na remessa ilegal de dinheiro de empresários, que seriam testas-de-ferro de autoridades públicas, para o exterior. O lado violento da estrutura estaria ligado à Scuderie Le Cocq, que funcionaria como um esquadrão da morte.
Crimes do colarinho branco são os preferidos por organização no ES
FERNANDA KRAKOVICSda Agência Folha
A atuação do crime organizado no Espírito Santo, de acordo com os integrantes da missão especial enviada ao Estado pelo Ministério da Justiça, se concentra nos crimes do colarinho branco, que envolvem o sistema financeiro nacional, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro.
A missão especial foi convocada em julho do ano passado para compensar o arquivamento do pedido de intervenção federal pelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro. O pedido foi feito pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) depois do assassinato, em abril, do advogado Marcelo Denadai.
A missão conseguiu a prisão preventiva do ex-presidente da Assembléia Legislativa José Carlos Gratz (sem partido) e a cassação de seu registro de candidatura. Ex-banqueiro do jogo do bicho, ele foi indiciado no relatório da CPI do Narcotráfico, da Câmara dos Deputados, como um dos líderes do crime organizado no Estado. Foi acusado de contravenção, corrupção no serviço público estadual, sonegação de impostos, malversação de dinheiro público e lavagem de dinheiro.
"Aqui o crime organizado está dentro do governo ou pelo menos protegido por setores muito influentes. Há uma atividade política que se presta a assegurar os objetivos do crime organizado", disse o presidente da seção capixaba da OAB, Agesandro Pereira.
A missão também prendeu preventivamente o empresário Carlos Guilherme Lima, que daria suporte financeiro ao crime.
As investigações se concentram agora na remessa ilegal de dinheiro de empresários, que seriam testas-de-ferro de autoridades públicas, para o exterior. O lado violento da estrutura estaria ligado à Scuderie Le Cocq, que funcionaria como um esquadrão da morte.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice