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10/08/2000
-
16h30
FABIANE LEITE
da Folha Online
O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), entregou nesta manhã 240 apartamentos que restavam para completar o Cingapura Madeirit, conjunto habitacional na zona oeste de São Paulo com 400 moradias, mas pessoas que vivem no local reclamam que não podem pagar as prestações das unidades habitacionais porque não há oportunidades de trabalho na região.
A desempregada Maria Aparecida de Lima Torres, 45, reclamou dizendo que, depois que foi removida para o conjunto habitacional, perdeu um pequeno estabelecimento comercial que mantinha na região, na favela onde morava. Ela disse temer atrasar as prestações de seu apartamento, que são de R$ 57. O valor total do imóvel é de R$ 23 mil.
"O apartamento é ótimo, mas como vamos pagar?", disse Maria Aparecida. Valda Pereira França, 33, também desempregada, afirma que já está com as prestações de seu apartamento atrasadas há dois meses. O marido de Valda também está sem ocupação depois que a prefeitura vetou o comércio de produtos feitos com madeira sob o viaduto Ceagesp, na mesma região.
Segundo a secretária municipal da Habitação, Elisabete França, a Semab (Secretaria Municipal do Abastecimento) deve publicar em breve uma portaria que permitirá aos moradores do Cingapura abrir comércio nos conjuntos habitacionais.
De acordo com a secretária, a inadimplência dos moradores de conjuntos habitacionais do Projeto Cingapura caiu de 57% para cerca de 45% segundo balanço feito entre o dia 31 e a última segunda-feira (6). O projeto hoje tem 11 mil moradores.
No dia 31, moradores do Cingapura receberam uma carta da prefeitura que ameaçava despejar os inadimplentes, o que gerou protesto nos conjuntos habitacionais. Segundo Elisabete, desde que a carta foi enviada, 600 pessoas procuraram a secretaria; 150 pagaram as parcelas atrasadas de seus apartamentos, 450 prometeram saldar os débitos e outras 50 estão negociando a dívida.
Na próxima semana, uma nova carta de cobrança deverá ser enviada aos inadimplentes. Elisabete, no entanto, diz que todos os casos serão estudados individualmente e que não haverá despejo.
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Pitta entrega Cingapura e moradores já reclamam de não ter como pagar apartamentos
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O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), entregou nesta manhã 240 apartamentos que restavam para completar o Cingapura Madeirit, conjunto habitacional na zona oeste de São Paulo com 400 moradias, mas pessoas que vivem no local reclamam que não podem pagar as prestações das unidades habitacionais porque não há oportunidades de trabalho na região.
A desempregada Maria Aparecida de Lima Torres, 45, reclamou dizendo que, depois que foi removida para o conjunto habitacional, perdeu um pequeno estabelecimento comercial que mantinha na região, na favela onde morava. Ela disse temer atrasar as prestações de seu apartamento, que são de R$ 57. O valor total do imóvel é de R$ 23 mil.
"O apartamento é ótimo, mas como vamos pagar?", disse Maria Aparecida. Valda Pereira França, 33, também desempregada, afirma que já está com as prestações de seu apartamento atrasadas há dois meses. O marido de Valda também está sem ocupação depois que a prefeitura vetou o comércio de produtos feitos com madeira sob o viaduto Ceagesp, na mesma região.
Segundo a secretária municipal da Habitação, Elisabete França, a Semab (Secretaria Municipal do Abastecimento) deve publicar em breve uma portaria que permitirá aos moradores do Cingapura abrir comércio nos conjuntos habitacionais.
De acordo com a secretária, a inadimplência dos moradores de conjuntos habitacionais do Projeto Cingapura caiu de 57% para cerca de 45% segundo balanço feito entre o dia 31 e a última segunda-feira (6). O projeto hoje tem 11 mil moradores.
No dia 31, moradores do Cingapura receberam uma carta da prefeitura que ameaçava despejar os inadimplentes, o que gerou protesto nos conjuntos habitacionais. Segundo Elisabete, desde que a carta foi enviada, 600 pessoas procuraram a secretaria; 150 pagaram as parcelas atrasadas de seus apartamentos, 450 prometeram saldar os débitos e outras 50 estão negociando a dívida.
Na próxima semana, uma nova carta de cobrança deverá ser enviada aos inadimplentes. Elisabete, no entanto, diz que todos os casos serão estudados individualmente e que não haverá despejo.
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