Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/03/2003 - 07h24

Suposto assassino de juiz no Espírito Santo promete se entregar

FERNANDA KRAKOVICS
da Agência Folha, em Vitória

Odessi Martins da Silva Júnior, 19, o Lombrigão, apontado como o quarto participante do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, prometeu se entregar à polícia. De acordo com o delegado Danilo Bahiense, o advogado de Júnior teria dito que ele estava com medo de ser morto. Até a conclusão desta edição, Júnior continuava foragido.

Lombrigão estava preso na Casa de Custódia de Viana por assalto e foi solto em 12 de março, 12 dias antes do assassinato do juiz. Era réu primário, segundo o presídio.

Ontem, a polícia capixaba informou que a pistola encontrada em um terreno de Vila Velha é do juiz assassinado. Segundo a polícia, o magistrado efetuou pelo menos um disparo contra os criminosos.

Castro Filho, 32, foi assassinado a tiros na segunda-feira, em Vitória. Três suspeitos confessaram participação no crime, na sua versão, de latrocínio (assalto seguido de morte) -hipótese descartada pelo secretário da Segurança Pública, Rodney Miranda.

A polícia apresentou ontem o primeiro indício de que o coronel reformado da PM Walter Gomes Ferreira, preso no Acre, seria o mandante do crime.

Um suposto plano de Ferreira para matar autoridades do Espírito Santo foi revelado ao Ministério Público em janeiro de 2002 no depoimento do agricultor Manoel Corrêa, testemunha nas investigações do crime organizado.

O coronel foi citado anteontem por Miranda como o principal suspeito de ser o mandante da morte do juiz, que atuava com a força-tarefa do governo federal contra o crime organizado.

Corrêa foi morto no fim de 2002, duas horas após ser levado da carceragem da Polícia Federal para um presídio. O crime motivou a transferência do coronel para o Acre a pedido de Castro Filho. Ferreira é membro da Scuderie le Cocq, grupo acusado de agir como um esquadrão da morte.

Para seu advogado, Lisandro Lugon, o indício apresentado contra seu cliente "põe em dúvida a capacidade da polícia de impedir o crime, porque já faz muito tempo que esse depoimento foi tomado". Ele também questiona a credibilidade do depoimento de Corrêa. "Todo mundo sabe que ele tinha problemas mentais."


 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página