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31/03/2003
-
11h10
da Folha Online, em Brasília
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, criticou duramente os governos estaduais e congressistas sobre a transferência do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, integrante da facção CV (Comando Vermelho).
Ele classificou as críticas feitas pelos Estados como individualistas e sem sentido patriótico. Para Dirceu, os governos devem se unir para combater o narcotráfico.
"Eu, realmente, falando mais como cidadão brasileiro, me envergonho com certos comportamentos que não levam em consideração o interesse nacional e não tem nenhum sentido patriótico."
Beira-Mar estava preso no Rio, ficou 30 dias em São Paulo e foi levado, no final da semana passada, para a Superintendência da Polícia Federal de Alagoas.
Diversos governos, como Rio, São Paulo e Distrito Federal, se recusaram a ficar com Beira-Mar. Alguns também rejeitam a idéia da construção de presídios federais.
Na semana passada, os senadores de Alagoas Teotônio Vilela (PSDB), Heloísa Helena (PT) e Renan Calheiros (PMDB) divulgaram nota na qual repudiaram a transferência do traficante e pediram explicações sobre o assunto. Eles alegaram que não foram consultados e que Beira-Mar não é do interesse do povo alagoano.
"Eu lamento, acho uma tragédia para o país, os comportamentos que estamos vendo, individualistas, que não levam em conta o interesse nacional e a gravidade do problema", disse Dirceu.
"Se o governo federal não pode construir penitenciárias e não pode transferir os presos de alta periculosidade para nenhum Estado, o que deve fazer o governo federal? Cruzar os braços e fechar os olhos para o problema do crime organizado e do narcotráfico?"
O ministro-chefe disse que os governos federal e estaduais, além dos municípios, devem se unir contra o crime organizado e "não ficar nessa lengalenga". "Parece que vamos ficar passeando por penitenciárias e com presos por todo o Brasil", disse.
As declarações foram feitas durante encontro prévio do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília, onde participam o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, e do vice-presidente do Banco Mundial, David de Ferranti.
Dirceu pediu desculpas por fazer comentários sobre Beira-Mar durante a reunião.
Especial
Veja mais sobre o tráfico no Rio
Dirceu critica Estados por "falta de patriotismo" sobre Beira-Mar
FELIPE FREIREda Folha Online, em Brasília
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, criticou duramente os governos estaduais e congressistas sobre a transferência do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, integrante da facção CV (Comando Vermelho).
Ele classificou as críticas feitas pelos Estados como individualistas e sem sentido patriótico. Para Dirceu, os governos devem se unir para combater o narcotráfico.
"Eu, realmente, falando mais como cidadão brasileiro, me envergonho com certos comportamentos que não levam em consideração o interesse nacional e não tem nenhum sentido patriótico."
Beira-Mar estava preso no Rio, ficou 30 dias em São Paulo e foi levado, no final da semana passada, para a Superintendência da Polícia Federal de Alagoas.
Diversos governos, como Rio, São Paulo e Distrito Federal, se recusaram a ficar com Beira-Mar. Alguns também rejeitam a idéia da construção de presídios federais.
Na semana passada, os senadores de Alagoas Teotônio Vilela (PSDB), Heloísa Helena (PT) e Renan Calheiros (PMDB) divulgaram nota na qual repudiaram a transferência do traficante e pediram explicações sobre o assunto. Eles alegaram que não foram consultados e que Beira-Mar não é do interesse do povo alagoano.
"Eu lamento, acho uma tragédia para o país, os comportamentos que estamos vendo, individualistas, que não levam em conta o interesse nacional e a gravidade do problema", disse Dirceu.
"Se o governo federal não pode construir penitenciárias e não pode transferir os presos de alta periculosidade para nenhum Estado, o que deve fazer o governo federal? Cruzar os braços e fechar os olhos para o problema do crime organizado e do narcotráfico?"
O ministro-chefe disse que os governos federal e estaduais, além dos municípios, devem se unir contra o crime organizado e "não ficar nessa lengalenga". "Parece que vamos ficar passeando por penitenciárias e com presos por todo o Brasil", disse.
As declarações foram feitas durante encontro prévio do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília, onde participam o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, e do vice-presidente do Banco Mundial, David de Ferranti.
Dirceu pediu desculpas por fazer comentários sobre Beira-Mar durante a reunião.
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