Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/03/2003 - 11h38

Para polícia, prisão de líderes pode ter causado atentados no Rio

da Folha Online

O major Frederico Caldas, do setor de Comunicação da PM do Rio, disse que a prisão de alguns líderes do tráfico de drogas pode ter gerado a onda de violência ocorrida nesta madrugada na cidade.

Na última sexta-feira, a polícia prendeu Jorge Alexandre Cândido, o Sombra _acusado de ser o "braço direito" do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar_, e o chileno Carlos Orlando Messina, conhecido como Gringo.

Sombra seria o mentor dos atentados e incêndios a veículos que atingiu o Grande Rio na semana anterior ao Carnaval. Gringo seria o encarregado de ensinar técnicas de guerrilha e manipulação com explosivos e armas aos integrantes do CV (Comando Vermelho).

"Sabemos que a prisão dos principais cabeças está levando a um processo de desarticulação das organizações criminosas. É provável que alguns dos integrantes queira assumir a liderança ou atacar a polícia", disse.

Para o major, não basta apenas a ação da polícia no combate à violência. O policial disse que é necessário evitar a entrada de armas e drogas no país e aumentar as investigações sobre lavagem de dinheiro.

O major disse ainda que toda a sociedade deve fazer sua parte. "É necessário que a sociedade se mobilize, a igreja, a família, para fazer com que as pessoas parem de se drogar. O tráfico se fortalece na medida em que há uma demanda. As pessoas continuam se drogando", disse.

Madrugada

Um tenente da PM morreu nesta madrugada durante tiroteio com prováveis traficantes na avenida Brasil, zona norte. Ele foi baleado na cabeça.

Uma bomba foi lançada por volta das 3h30 contra a fachada do hotel Meridien em Copacabana, na avenida Princesa Isabel, zona sul. Cerca de 200 metros do local, outra bomba, que seria de fabricação caseira, foi arremessada contra um supermercado.

Segundo a polícia, ninguém ficou ferido. Os artefatos destruíram um vidro da fachada do hotel.

Por volta das 3h30 também, tiros atingiram a porta da estação Del Castilho do metrô, na zona norte. Um coquetel molotov também foi lançado. O local estava fechado. Segundo o metrô, o sistema funciona normalmente hoje.

Na avenida Brasil, dois ônibus e dois carros foram incendiados. Um terceiro ônibus foi atingido por tiros.

Pelo menos 10 criminosos tentaram fechar a via. A PM foi acionada e houve troca de tiros. O tenente da PM, identificado como Gabriel, foi baleado e morreu.

Especial
  • Veja mais sobre o tráfico no Rio

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página