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31/03/2003
-
13h00
da Folha Online, no Rio
O secretário da Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, disse que não descarta a hipótese de o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ter ligação com os atentados ocorridos nesta madrugada no Rio. Beira-Mar foi transferido no final da semana passada de São Paulo para a Superintendência da PF em Alagoas.
Josias afirmou que os crimes foram uma ação orquestrada do tráfico. Além do possível envolvimento de Beira-Mar, o secretário disse que a polícia investiga se as ordens para os atentados partiram do complexo penitenciário de Bangu, zona oeste, onde estão presos líderes da facção CV (Comando Vermelho), da qual faz parte Beira-Mar.
O tenente da PM Gabriel Adelino, 24, morreu durante tiroteio, por volta das 3h, na avenida Brasil, zona norte. Ele foi baleado na cabeça.
Prováveis traficantes incendiaram dois ônibus e dois carros na via. Um terceiro ônibus foi atingido por tiros. Pelo menos dez criminosos tentaram fechar a avenida e a PM foi acionada.
Uma bomba foi lançada por volta das 3h30 contra a fachada do hotel Meridien, em Copacabana, na avenida Princesa Isabel, zona sul. O local é um dos mais sofisticados do Rio e costuma hospedar estrangeiros.
Cerca de 200 metros do hotel, outra bomba, que seria de fabricação caseira, foi arremessada contra um supermercado.
Segundo a polícia, ninguém ficou ferido. Os artefatos destruíram um vidro da fachada do hotel.
No mesmo horário, tiros atingiram a porta da estação Del Castilho do metrô, na zona norte. Um coquetel molotov também foi lançado. O local estava fechado. Segundo o metrô, o sistema funciona normalmente hoje.
Despreparo policial
O secretário também criticou a polícia. Ele admitiu que nem todos os policias estão preparados para lidar com o crime nesses tipos de confronto.
"A preparação está bem aquém do que o desejado. Milhares [de policiais] vão voltar aos bancos escolares", disse.
Especial
Veja mais sobre o tráfico no Rio
Secretário não descarta ligação de Beira-Mar com onda de atentado
ANA PAULA GRABOISda Folha Online, no Rio
O secretário da Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, disse que não descarta a hipótese de o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ter ligação com os atentados ocorridos nesta madrugada no Rio. Beira-Mar foi transferido no final da semana passada de São Paulo para a Superintendência da PF em Alagoas.
Josias afirmou que os crimes foram uma ação orquestrada do tráfico. Além do possível envolvimento de Beira-Mar, o secretário disse que a polícia investiga se as ordens para os atentados partiram do complexo penitenciário de Bangu, zona oeste, onde estão presos líderes da facção CV (Comando Vermelho), da qual faz parte Beira-Mar.
O tenente da PM Gabriel Adelino, 24, morreu durante tiroteio, por volta das 3h, na avenida Brasil, zona norte. Ele foi baleado na cabeça.
Prováveis traficantes incendiaram dois ônibus e dois carros na via. Um terceiro ônibus foi atingido por tiros. Pelo menos dez criminosos tentaram fechar a avenida e a PM foi acionada.
Uma bomba foi lançada por volta das 3h30 contra a fachada do hotel Meridien, em Copacabana, na avenida Princesa Isabel, zona sul. O local é um dos mais sofisticados do Rio e costuma hospedar estrangeiros.
Cerca de 200 metros do hotel, outra bomba, que seria de fabricação caseira, foi arremessada contra um supermercado.
Segundo a polícia, ninguém ficou ferido. Os artefatos destruíram um vidro da fachada do hotel.
No mesmo horário, tiros atingiram a porta da estação Del Castilho do metrô, na zona norte. Um coquetel molotov também foi lançado. O local estava fechado. Segundo o metrô, o sistema funciona normalmente hoje.
Despreparo policial
O secretário também criticou a polícia. Ele admitiu que nem todos os policias estão preparados para lidar com o crime nesses tipos de confronto.
"A preparação está bem aquém do que o desejado. Milhares [de policiais] vão voltar aos bancos escolares", disse.
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