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31/03/2003
-
15h53
da Folha Online, no Rio
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que a discussão sobre o local onde o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, vai ficar preso só contribuem para criar uma imagem de "pop star" sobre o criminoso.
Para o ministro, é preciso evitar transformá-lo em uma celebridade.
"Estão querendo construir um pop star. Na verdade, ele é um bandido que não pode ficar no Rio, por isto está fora de lá", afirmou.
Segundo Thomaz Bastos, não há nenhum impasse entre o governo federal e os Estados em relação a sua permanência em presídios estaduais, embora admita que os Estados não queiram sua presença.
"Ninguém quer [Beira-Mar], mas acabam aceitando. Mas temos outras alternativas, como a federalização", disse o ministro.
Ele negou que Beira-Mar tenha comandado, de Alagoas, onde está detido, as ações violentas que ocorreram hoje no Rio.
A possibilidade havia sido levantada pelo secretário da Segurança Pública do Rio, Josias Quintal.
Para Thomaz Bastos, as ações são uma reação dos criminosos às prisões dos traficantes conhecidos como Sombra e Chileno, ocorridas na última sexta-feira.
Ações
As ações criminosas de hoje ocorreram quase que simultaneamente.
O tenente da PM Gabriel Adelino, 24, morreu durante tiroteio, por volta das 3h, na avenida Brasil, zona norte. Ele foi baleado na cabeça.
Prováveis traficantes incendiaram dois ônibus e dois carros na via. Um terceiro ônibus foi atingido por tiros. Pelo menos dez criminosos tentaram fechar a avenida e a PM foi acionada.
Uma bomba foi lançada por volta das 3h30 contra a fachada do hotel Meridien, em Copacabana, na avenida Princesa Isabel, zona sul. O local é um dos mais sofisticados do Rio e costuma hospedar estrangeiros.
Cerca de 200 metros do hotel, outra bomba, que seria de fabricação caseira, foi arremessada contra um supermercado.
Segundo a polícia, ninguém ficou ferido. Os artefatos destruíram um vidro da fachada do hotel.
No mesmo horário, tiros atingiram a porta da estação Del Castilho do metrô, na zona norte. Um coquetel molotov também foi lançado. O local estava fechado. Segundo o metrô, o sistema funciona normalmente hoje.
Especial
Veja mais sobre o tráfico no Rio
Especulações tornam Beira-Mar um "pop star", diz ministro
ANA PAULA GRABOISda Folha Online, no Rio
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que a discussão sobre o local onde o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, vai ficar preso só contribuem para criar uma imagem de "pop star" sobre o criminoso.
Para o ministro, é preciso evitar transformá-lo em uma celebridade.
"Estão querendo construir um pop star. Na verdade, ele é um bandido que não pode ficar no Rio, por isto está fora de lá", afirmou.
Segundo Thomaz Bastos, não há nenhum impasse entre o governo federal e os Estados em relação a sua permanência em presídios estaduais, embora admita que os Estados não queiram sua presença.
"Ninguém quer [Beira-Mar], mas acabam aceitando. Mas temos outras alternativas, como a federalização", disse o ministro.
Ele negou que Beira-Mar tenha comandado, de Alagoas, onde está detido, as ações violentas que ocorreram hoje no Rio.
A possibilidade havia sido levantada pelo secretário da Segurança Pública do Rio, Josias Quintal.
Para Thomaz Bastos, as ações são uma reação dos criminosos às prisões dos traficantes conhecidos como Sombra e Chileno, ocorridas na última sexta-feira.
Ações
As ações criminosas de hoje ocorreram quase que simultaneamente.
O tenente da PM Gabriel Adelino, 24, morreu durante tiroteio, por volta das 3h, na avenida Brasil, zona norte. Ele foi baleado na cabeça.
Prováveis traficantes incendiaram dois ônibus e dois carros na via. Um terceiro ônibus foi atingido por tiros. Pelo menos dez criminosos tentaram fechar a avenida e a PM foi acionada.
Uma bomba foi lançada por volta das 3h30 contra a fachada do hotel Meridien, em Copacabana, na avenida Princesa Isabel, zona sul. O local é um dos mais sofisticados do Rio e costuma hospedar estrangeiros.
Cerca de 200 metros do hotel, outra bomba, que seria de fabricação caseira, foi arremessada contra um supermercado.
Segundo a polícia, ninguém ficou ferido. Os artefatos destruíram um vidro da fachada do hotel.
No mesmo horário, tiros atingiram a porta da estação Del Castilho do metrô, na zona norte. Um coquetel molotov também foi lançado. O local estava fechado. Segundo o metrô, o sistema funciona normalmente hoje.
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