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07/04/2003
-
10h52
A Polícia Federal de São Paulo prendeu nesta manhã Félix Luís Santana Arencibia, um dos sócios da Indústria Cataguazes de Papel, de Cataguases (MG). Ele e João Gregório do Bem tiveram a prisão preventiva decretada na última quinta-feira pelo juiz da 1ª Vara Federal de Campos (RJ). Os dois são acusados de praticar crime contra o ambiente.
Arencibia foi preso por volta das 9h, na alameda Santos, região dos Jardins, centro de São Paulo. Ele foi levado para a Superintendência da PF e ainda deverá ser ouvido. Seu sócio continua foragido.
A indústria deixou vazar substâncias tóxicas nos rios Pomba e Paraíba do Sul, que abastecem regiões norte e nordeste do Rio. Cerca de 600.000 pessoas foram atingidas e tiveram o abastecimento de água interrompido.
Para decretar a prisão, o juiz baseou sua decisão em três pontos: a empresa estaria operando normalmente mesmo com o risco de um novo despejo de rejeitos calculado em 700 mil litros; a possibilidade de fuga dos dois diretores e o clamor popular.
O acidente ambiental ocorreu no sábado. Um reservatório com 1,2 bilhões de litros de resíduos tóxicos se rompeu e contaminou os rios. A mistura continha soda cáustica e um composto orgânico, denominado de lignina ou licor preto.
Esse material estava armazenado havia pelo menos 14 anos. Eram resíduos da transformação da madeira em celulose, quando a empresa era de outro grupo econômico. Os atuais donos assumiram esse passivo ambiental e, atualmente, não fabricam mais celulose. Fazem apenas reciclagem de papel.
Espírito Santo
Ontem, a mancha negra de produtos tóxicos que vazaram da Cataguazes chegou ao Estado do Espírito Santo. A mancha ameaça pelo menos 100 quilômetros de costa.
A mancha ameaça a cidade capixaba de Marataízes e pode afetar o projeto Tamar _que monitora a desova de tartarugas na Bacia de Campos e no litoral do Espírito Santo.
Representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente se reúnem hoje para discutir medidas que poderão ser adotadas para conter a mancha tóxica.
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PF prende em São Paulo sócio da Indústria Cataguazes
da Folha OnlineA Polícia Federal de São Paulo prendeu nesta manhã Félix Luís Santana Arencibia, um dos sócios da Indústria Cataguazes de Papel, de Cataguases (MG). Ele e João Gregório do Bem tiveram a prisão preventiva decretada na última quinta-feira pelo juiz da 1ª Vara Federal de Campos (RJ). Os dois são acusados de praticar crime contra o ambiente.
Arencibia foi preso por volta das 9h, na alameda Santos, região dos Jardins, centro de São Paulo. Ele foi levado para a Superintendência da PF e ainda deverá ser ouvido. Seu sócio continua foragido.
A indústria deixou vazar substâncias tóxicas nos rios Pomba e Paraíba do Sul, que abastecem regiões norte e nordeste do Rio. Cerca de 600.000 pessoas foram atingidas e tiveram o abastecimento de água interrompido.
Para decretar a prisão, o juiz baseou sua decisão em três pontos: a empresa estaria operando normalmente mesmo com o risco de um novo despejo de rejeitos calculado em 700 mil litros; a possibilidade de fuga dos dois diretores e o clamor popular.
O acidente ambiental ocorreu no sábado. Um reservatório com 1,2 bilhões de litros de resíduos tóxicos se rompeu e contaminou os rios. A mistura continha soda cáustica e um composto orgânico, denominado de lignina ou licor preto.
Esse material estava armazenado havia pelo menos 14 anos. Eram resíduos da transformação da madeira em celulose, quando a empresa era de outro grupo econômico. Os atuais donos assumiram esse passivo ambiental e, atualmente, não fabricam mais celulose. Fazem apenas reciclagem de papel.
Espírito Santo
Ontem, a mancha negra de produtos tóxicos que vazaram da Cataguazes chegou ao Estado do Espírito Santo. A mancha ameaça pelo menos 100 quilômetros de costa.
A mancha ameaça a cidade capixaba de Marataízes e pode afetar o projeto Tamar _que monitora a desova de tartarugas na Bacia de Campos e no litoral do Espírito Santo.
Representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente se reúnem hoje para discutir medidas que poderão ser adotadas para conter a mancha tóxica.
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