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03/12/2002 - 00h00

Quatro são detidos em protestos contra greve de ônibus em Goiânia

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ADRIANA CHAVES
da Agência Folha

Três ônibus foram depredados e quatro pessoas acabaram detidas nesta manhã, durante protestos contra a paralisação dos motoristas de ônibus na região metropolitana de Goiânia. Não houve registro de feridos.

Insatisfeitos com os atrasos, passageiros e alguns motoristas infiltrados, segundo a Polícia Militar, começaram a atirar pedras e pedaços de pau nos vidros dos coletivos no terminal das Bandeiras, na região de Novo Horizonte, entre 8h e 9h.

Cerca de 150 pessoas estavam no local no momento da confusão. Os manifestantes presos foram liberados em seguida.

Os motoristas decretaram greve à meia-noite de ontem. Desde então, apenas 25% da frota está circulando na Grande Goiânia, cumprindo determinação do presidente do TRT (Tribunal Regional de Trabalho), Saulo Emídio dos Santos.

Embora a data-base da categoria seja março, eles reivindicam o repasse da elevação da tarifa, que passou de R$ 1 para R$ 1,25 no dia 2. Os dois dias de greve teriam provocado um prejuízo de R$ 1 milhão às empresas. Diariamente, cerca de 600 mil pessoas circulam nos ônibus.

De acordo com o assessor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Goiás, Nabson Santana Cunha, "os trabalhadores exigem 20% de reajuste salarial, ticket-alimentação de R$ 100 e um abono de R$ 180".

O abono é referente à venda de bordo, já que 30% das passagens são vendidas pelos motoristas depois que foi adotado o sistema de catraca eletrônica.

Alegando falta de dinheiro, as empresas propõem o comissionamento dos motoristas, pagando 5% do valor do bilhete para as vendas já realizadas nos veículos.

Para o diretor-presidente do Setransp (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros), Décio Caetano Filho, a proposta permite também uma concorrência maior com o transporte alternativo, que tirou cerca de 30% dos passageiros das linhas convencionais nos últimos anos. Hoje existem 1.100 ônibus regulares e 640 microônibus alternativos em Goiânia.

"Poderemos criar descontos de 20% a 40% para os passageiros e reduzir a tarifa. Com isso, o usuário deve voltar ao sistema e há garantia de pagamento dos salários. A comissão representa entre R$ 100 e R$ 120 no salário mensal."

 

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