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11/08/2000 - 11h32

Funcionários da Febem se negam a entrar na unidade de Franco da Rocha

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LARISSA SQUEFF
da Folha Online

Cerca de 80 funcionários da Febem (Fundação do Bem Estar do Menor) de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, estão do lado de fora da unidade e se negam a entrar para trabalhar até que o governo anuncie mudanças no esquema de segurança da unidade.

Durante a madrugada desta sexta-feira (11), dois menores foram mortos e cinco funcionários mantidos como reféns depois de uma rebelião que durou mais de cinco horas na unidade.

Os adolescentes foram mortos devido a um acerto de contas. O grupo de internos que matou os dois adolescentes a facadas, ateou fogo nos corpos das vítimas depois de matá-las.

O diretor licenciado do Sintraemfa (sindicato dos funcionários da Febem ), Wilson Roberto da Luz, o Piriri, disse que os trabalhador estão com medo de entrar na unidade porque a situação está fora de controle. "Os moleques bateram numa monitora durante a rebelião. Deram socos no estômago e nas costas dela. É um absurdo",disse.

Piriri disse ainda que os internos iniciaram a rebelião para fugir e aproveitaram a confusão para matar os dois jovens. "O presidente da Feb em, Benedito Duarte, disse que eles queriam apenas matar os moleques, mas não é verdade. Em toda a rebelião o objetivo é só um: fugir", disse ele.

Segundo o sindicalista, os adolescentes reivindicavam visitas íntimas e a escolha dos funcionários que poderiam ou não trabalhar na unidade. "Por isso os funcionários não querem entrar para trabalhar. Os moleques querem escolher quem pode ou não trabalhar na Febem", disse.


Na terça-feira, os monitores de Franco da Rocha fizeram uma paralisação de mais de seis horas e uma manifestação em frente à unidade pedindo ao governo estadual mais segurança. No dia anterior, um monitor havia sofrido traumatismo craniano depois de ser espancado pelos internos.

O presidente da Febem, Benedito Duarte, disse que chamou funcionários de outras unidade para trabalhar em Franco da Rocha. Cerca de 15 pessoas estão trabalhando no local no momento.

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