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Camelódromo destruído por incêndio no centro do Rio será demolido, diz governo
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DIANA BRITO
da Sucursal do Rio
O camelódromo localizado no centro do Rio e destruído por um incêndio será demolido nesta quarta-feira (28), segundo a Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio). O fogo destruiu 80% dos 600 boxes de comércios do local, na segunda.
A demolição de todos os boxes destruídos estava prevista para esta terça, mas foi adiada depois de apelos feitos pelos comerciantes, para que tivessem tempo de tentar retirar as mercadorias.
A Emop informou que os trabalhadores terão das 8h às 12h para remover os pertences. Em seguida será iniciada a demolição, com o objetivo de garantir a segurança dos comerciantes e das cerca de 300 mil pessoas que utilizam diariamente o Terminal Rodoviário Américo Fontenelle, que fica ao lado do camelódromo --localizado próximo à estação ferroviária Central do Brasil.
Além disso, a demolição também busca impedir o surgimento de novos focos de incêndio. Equipes do Corpo de Bombeiros continuam nesta terça-feira com o trabalho de rescaldo --o serviço pode durar até três dias.
Segundo a Emop, o pedido de limpeza da área foi feito pelo governador Sérgio Cabral (PMDB). O incêndio desta segunda-feira consumiu 18 mil metros quadrados de uma área total de 36 mil metros quadrados.
A previsão é de que o trabalho de demolição dure aproximadamente uma semana. Um hotel existente ao lado do camelódromo foi atingido pelas chamas e está com a estrutura comprometida. O imóvel está sendo vistoriado pela Defesa Civil e também poderá ser demolido.
A área do camelódromo da Central do Brasil pertence ao Governo do Estado. Segundo a Emop, após a limpeza do terreno, será estudada uma forma de revitalizar a área.
Barreira humana
A OAB-RJ informou que cerca de 300 comerciantes do camelódromo formam uma barreira humana contra a ação do governo estadual no local. Advogados do órgão disseram que entraram com medida cautelar na Justiça para reivindicar uma política de assistência aos trabalhadores.
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