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12/04/2003 - 10h47

Acompanhante atrai jornalista para roubo mortal

ANDRÉ CARAMANTE
da Agora

O jornalista e professor universitário André Alberto Florêncio de Melo, 28 anos, foi assassinado durante um assalto encomendado. O crime foi planejado, segundo a Polícia Civil, pelo garoto de programa Daniel Enrique Sanchez Rosales, 28 anos, que estava com a vítima na noite de sua morte e continua foragido.

Melo, professor da Unip (Universidade Paulista), estava desaparecido desde o último dia 3. Ontem, os policiais descobriram que ele foi vítima de uma emboscada. Pelo crime foram presos Cristiano Sanchez dos Santos, 24 anos, Romeu Ribeiro dos Santos, 27 anos, e o ex-presidiário Stefano Leandro Sanchez, 29 anos, irmão do garoto de programa.

Melo e Daniel, de acordo com a polícia, já haviam se encontrado em duas outras ocasiões. No dia 3, o professor voltou ao parque Trianon, na avenida Paulista (região central da capital). Mais uma vez, procurou pelo rapaz.

Os dois já estavam no Palio branco do professor, quando foram rendidos por Cristiano, Romeu e Stefano. O trio anunciou um assalto, aparentemente comum. Com os reféns dominados, seguiram em direção a Itapevi (Grande SP), onde moram Stefano e Daniel _e onde, supostamente, a vítima seria mantida em cativeiro. No caminho, porém, um dos assaltantes chamou Daniel pelo nome, evidenciando que se conheciam.

Melo, segundo a polícia, percebeu que estava sendo vítima de uma armação tramada pelo garoto de programa. Os bandidos, então, teriam resolvido matá-lo para evitar que fossem denunciados à polícia pelo crime.

Estrangulado

A quadrilha levou o professor à estação de trem de Itapevi. Preso pelas pernas e pelos braços, Melo foi estrangulado com o próprio cinto.

O corpo do jornalista ficou seis dias no IML (Instituto Médico Legal) e acabou enterrado como indigente no dia 9, quarta-feira passada.

Os assassinos voltaram para a capital, entraram no apartamento da vítima _que não tem porteiro_ e roubaram vários objetos pessoais de Melo _alguns deles foram localizados com os acusados.

Os investigadores chegaram ao bando rastreando as compras feitas com cartão de crédito e os cheques de Melo.

Na busca, localizaram cinco dos cheques depositados na conta bancária de Cristiano, um dos presos. A polícia, então, foi até a casa do suspeito e descobriu que ele deixara a casa dos pais havia 30 dias, quando dois amigos dele haviam sido presos por roubo.

Ao investigar os presos, que estão no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mogi das Cruzes, os policiais chegaram até a mulher de um deles, Kátia Libardi Gerolho, 20 anos. Ela tinha tentado, a pedido dos matadores, retirar o Palio do professor do estacionamento no qual ele havia sido escondido pela quadrilha.

Durante uma campana na casa de Kátia, na rua Amaral Gurgel (centro), a polícia flagrou a moça sendo visitada por Cristiano. Os dois foram presos. Na casa havia alguns objetos roubados do apartamento de Melo, como uma mala de roupas.

Kátia e Cristiano revelaram à polícia como Daniel, que continua foragido, teria armado a morte de Melo. Romeu foi preso em Itaquaquecetuba (Grande SP) e também tinha pertences roubados da vítima. Stefano foi preso ontem. Os homens foram autuados latrocínio (matar para roubar). Daniel continua foragido.
 

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