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14/04/2003 - 20h41

Ações criminosas no Rio matam quatro PMs em menos de uma semana

MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo

O soldado da Polícia Militar Luiz Cláudio Dutra Guerra, 23, foi morto com um tiro no peito na madrugada de hoje, na Pavuna, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Ele foi o quarto policial militar a ser assassinado no Rio em menos de uma semana. No mês de abril, sete PMs já foram mortos.

Segundo informações da corporação, Guerra estava em seu carro indo para o trabalho quando presenciou um assalto na rua Sargento Ernesto Frei. Ele tentou fugir e acabou baleado no peito, tendo morte instantânea.

O policial, que era lotado no 21º Batalhão, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foi enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste). Só neste ano, 44 PMs foram mortos a tiros no Estado, sendo que 27 das vítimas não estavam de serviço.

No sábado, o PM Ricardo José Dantas dos Santos, 32, foi assassinado em Jacarepaguá (zona oeste). Ele estava parado sozinho no chamado polígono de segurança _policiamento ostensivo onde o policial permanece parado, com um veículo ao lado, embaixo de uma tenda branca, para dar mais visibilidade. Foi atacado por um homem armado que estava a pé. O policial não teve a mínima chance de reação. Ele não possuía radiotransmissor e o carro onde ele estava não tinha combustível. A polícia investiga a informação de que o veículo não tinha sequer motor.

A morte de Santos fez a Secretaria Estadual de Segurança Pública rever a situação dos polígonos, que foram implantados em 2001. O comandante-geral da PM, coronel Renato Hottz, determinou que todos os carros da corporação que circulam à noite ou no período da madrugada passem a andar sempre em comboio e nunca sozinhos. A mesma orientação foi passada pelo chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins a sua corporação.

Outro ataque

Em outro episódio, um carro da PM foi atacado a tiros quando patrulhava a entrada do morro dos Macacos, em Vila Isabel (zona norte) durante a madrugada. Ninguém ficou ferido.

Para Álvaro Lins, os sucessivos ataques a policiais no Rio são "uma demonstração inequívoca de que o crime está disposto a enfrentar a polícia". "A polícia tem que mudar suas estratégias e passar a enfrentar os criminosos com superioridade", declarou.

Em Parada de Lucas (zona norte), o soldado Eduardo de Souza morreu vítima de um disparo acidental na cabeça. O tiro partiu da arma do colega Marcelo Liboti Maris.

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