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14/04/2003 - 21h26

Corregedoria do TJ vai investigar suposto plano para matar juiz

da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
da Folha Online

A Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo informou nesta segunda-feira que vai investigar o suposto atentado que ocorreria contra um juiz-corregedor de Miguelópolis (460 km a norte de São Paulo), Caio César Melluso.

Na sexta-feira passada, a Polícia Civil da cidade encontrou armas na cadeia da cidade que seriam usadas contra Melluso. Em investigação que já vinha sendo realizada, a polícia diz ter conseguido desarticular um atentado contra o juiz-corregedor.

De acordo com o delegado Carlos Amir Pessoa, os presos da cadeia de Miguelópolis pretendiam atentar contra a vida do juiz durante uma das visitas mensais que o magistrado faz no local.

Recentemente, o Tribunal de Justiça desobrigou os magistrados a efetuar as visitas a penitenciárias e cadeias do Estado.

Com a descoberta do suposto atentado, cinco detentos que seriam os possíveis mentores da ação foram transferidos para o presídio de Franca. O nome deles não foi divulgado.

A polícia informou também que um deles deixou a cadeia de Miguelópolis uma semana antes dos outros, quando surgiram os primeiros indícios do plano.

A cadeia da cidade funciona ao lado da delegacia e abriga 38 presos _sendo 12 condenados.

Segundo o delegado, o suposto atentado foi descoberto depois de denúncias conseguidas dentro da própria delegacia, feitas por alguns presidiários. De acordo com Pessoa, os presos planejavam atingir o juiz quando ele estivesse no corredor da cadeia, onde costuma ficar quando faz as visitas.

Pessoa também disse que o juiz é acompanhado por um promotor e um funcionário do fórum.

Pelo fato da existência da denúncia, o delegado requisitou apoio da Polícia Civil de Franca para realizar uma varredura nas três celas que compõem a cadeia.

Na revista, foram apreendidos, além de armas feitas pelos detentos, drogas, celulares, carregadores e até miniaturas de garrafas de uísque.

Juízes assassinados

Dois juizes foram assassinados no país no mês passado: em Presidente Prudente (SP) e em Vila Velha (ES).

O crime contra o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47, de São Paulo, completa um mês nesta segunda-feira. Os três acusados de envolvimento direto no assassinato permanecem foragido.

Apesar de já ter identificado os envolvidos no crime, a polícia ainda desconhece os motivos do assassinato.

A ação teria envolvimento com integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Dias era responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região. Entre eles, líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que, na época, estava preso em Presidente Bernardes.

Dez dias depois do assassinato do juiz-corregedor, o juiz da Vara de Execução Penal Alexandre Martins de Castro Filho foi assassinado a tiros em Vila Velha, no Espírito Santo.

Ele foi baleado na frente de uma academia. Acusados dos acusados de envolvimento no crime foram presos.


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