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15/04/2003
-
09h31
do Agora São Paulo
Três homens, segundo a polícia, teriam sido os responsáveis por três assassinatos ocorridos no fim da noite de anteontem. Ainda não se sabe exatamente o que motivou os crimes, mas a hipótese mais provável é que o trio estivesse cobrando "pedágio" dos que passavam pelo local.
Um motorista de ônibus, um travesti e um ator foram as vítimas. Os três foram mortos na rua Taubaté, em frente à favela do Mangue, em Santo André (ABC), às 23h.
De acordo com a polícia, o primeiro a ser atacado foi o condutor de ônibus Dario Bibiano Reis, 31 anos. Ele passava com o veículo, da viação Humaitá, em frente à favela, quando os bandidos _dois armados com revólveres e um com espingarda calibre 12_ mandaram o carro parar.
O motorista, no entanto, não cumpriu a ordem. E um tiro de espingarda foi disparado contra o seu rosto, arrancando parte do maxilar. Mesmo ferido, Reis seguiu viagem: deixou os passageiros em um ponto próximo e dirigiu até o pronto-socorro Jardim Iva, onde morreu.
O segundo a ser morto foi o travesti, que estava sem documentos e ainda não foi identificado. A vítima também levou um tiro de calibre 12 em frente à favela. Para a polícia, o travesti pode ter ido até lá em busca de drogas. No caminho, teria se desentendido com os assassinos.
O travesti já estava morto quando o administrador M.P., 30 anos, passou no local com seu Monza. M. estava com a mulher e os filhos, de um e nove anos. Ao receber a ordem do trio para parar, a família obedeceu e desceu do carro.
"Eles estavam armados e gritavam palavrões. Não sei o que queriam", disse o administrador. Em seguida, M. testemunhou o que seria o terceiro homicídio do grupo _do ator e professor de teatro Cristiano Cordeiro Bezerra, 28.
O ator passava pelo local em seu Kadett cinza e também recebeu ordem para parar, mas não obedeceu. Foi baleado no rosto, e o carro bateu num muro. "Eles [os bandidos] foram atrás do Kadett. Aí eu aproveitei e fugi a pé com a minha família", contou M..
Antes de se sair dali, o trio ainda parou o Kadett azul do estudante S.Z.C., 20 anos. Ele obedeceu a ordem, desceu correndo e se escondeu em uma casa próxima.
Dois dos criminosos fugiram com o Kadett do estudante S., que foi encontrado ontem, batido, na avenida do Oratório. O que estava com a espingarda fugiu no Monza de M..
O Monza foi localizado pela PM ainda durante a madrugada. Houve perseguição, e o bandido bateu o carro, sendo preso em seguida.
Seu nome é Marcio Amaro da Silva, 19 anos. Segundo a polícia, ele já era procurado por latrocínio. Preso, ele se recusou a dar declarações no interrogatório.
Criminosos matam três em suposto "pedágio" em SP
MARCO DE CASTROdo Agora São Paulo
Três homens, segundo a polícia, teriam sido os responsáveis por três assassinatos ocorridos no fim da noite de anteontem. Ainda não se sabe exatamente o que motivou os crimes, mas a hipótese mais provável é que o trio estivesse cobrando "pedágio" dos que passavam pelo local.
Um motorista de ônibus, um travesti e um ator foram as vítimas. Os três foram mortos na rua Taubaté, em frente à favela do Mangue, em Santo André (ABC), às 23h.
De acordo com a polícia, o primeiro a ser atacado foi o condutor de ônibus Dario Bibiano Reis, 31 anos. Ele passava com o veículo, da viação Humaitá, em frente à favela, quando os bandidos _dois armados com revólveres e um com espingarda calibre 12_ mandaram o carro parar.
O motorista, no entanto, não cumpriu a ordem. E um tiro de espingarda foi disparado contra o seu rosto, arrancando parte do maxilar. Mesmo ferido, Reis seguiu viagem: deixou os passageiros em um ponto próximo e dirigiu até o pronto-socorro Jardim Iva, onde morreu.
O segundo a ser morto foi o travesti, que estava sem documentos e ainda não foi identificado. A vítima também levou um tiro de calibre 12 em frente à favela. Para a polícia, o travesti pode ter ido até lá em busca de drogas. No caminho, teria se desentendido com os assassinos.
O travesti já estava morto quando o administrador M.P., 30 anos, passou no local com seu Monza. M. estava com a mulher e os filhos, de um e nove anos. Ao receber a ordem do trio para parar, a família obedeceu e desceu do carro.
"Eles estavam armados e gritavam palavrões. Não sei o que queriam", disse o administrador. Em seguida, M. testemunhou o que seria o terceiro homicídio do grupo _do ator e professor de teatro Cristiano Cordeiro Bezerra, 28.
O ator passava pelo local em seu Kadett cinza e também recebeu ordem para parar, mas não obedeceu. Foi baleado no rosto, e o carro bateu num muro. "Eles [os bandidos] foram atrás do Kadett. Aí eu aproveitei e fugi a pé com a minha família", contou M..
Antes de se sair dali, o trio ainda parou o Kadett azul do estudante S.Z.C., 20 anos. Ele obedeceu a ordem, desceu correndo e se escondeu em uma casa próxima.
Dois dos criminosos fugiram com o Kadett do estudante S., que foi encontrado ontem, batido, na avenida do Oratório. O que estava com a espingarda fugiu no Monza de M..
O Monza foi localizado pela PM ainda durante a madrugada. Houve perseguição, e o bandido bateu o carro, sendo preso em seguida.
Seu nome é Marcio Amaro da Silva, 19 anos. Segundo a polícia, ele já era procurado por latrocínio. Preso, ele se recusou a dar declarações no interrogatório.
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